Polícia Federal analisa documentos apreendidos na 24ª fase da Lava Jato

A Polícia Federal começou a analisar os documentos apreendidos nos locais que foram alvos da operação de sexta-feira (4).

Os investigadores responsáveis pela nova fase da operação estão divididos em duas frentes, porque a quantidade é muito grande.

A Polícia Federal realiza a análise de computadores, e-mails e diversos tipos de documentos apreendidos no apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, e em endereços de empresas e pessoas ligadas a Lula, como no sítio em Atibaia e no triplex em Guarujá.

Os procuradores do Ministério Público ficaram responsáveis por analisar e transcrever o depoimento do ex-presidente Lula, que foi gravado em vídeo e tem mais de duas horas e meia.

Segundo a polícia, durante o depoimento na sexta-feira (4), o ex-presidente entregou um documento de 14 páginas, com explicações sobre o triplex em Guarujá e usou as informações para responder a diversas perguntas dos investigadores.

O documento já tinha sido divulgado pelo Instituto Lula no fim de janeiro. Nele, o instituto afirmou que o ex-presidente chegou a visitar o apartamento, mas desistiu da compra.

Os investigadores suspeitam que Lula é o verdadeiro dono do imóvel, que está em nome da construtora OAS.

O Ministério Público diz que há indícios de que o ex-presidente recebeu vantagens indevidas de empreiteiras investigadas na Lava Jato, como a própria OAS.

A OAS não quis se pronunciar.