Polícia Federal descobre documentos com suspeita de falsificação em Ribeirão Preto
A Polícia Federal encontrou mais um indício de irregularidade durante a Operação Sevandija, que investiga suspeitas de corrupção em Ribeirão Preto, São Paulo. Coordenada pelo Delegado Federal Flávio Vietez Reis, a operação apreendeu supostos documentos falsos. A suspeita é que esses papéis tenham sido produzidos após o dia 01/09, quando a operação foi deflagrada, com o objetivo de dar "aparência de legalidade a compras que, supostamente, não foram realizadas", noticiou o jornal Folha de S. Paulo, na última quarta-feira (07/09).
Os documentos foram apreendidos no setor de engenharia do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto), que era comandado por Marco Antônio dos Santos, secretário da Administração da prefeita Dárcy Vera, e que está preso desde a semana passada.
De acordo com a PF, os documentos agora serão analisados e comparados com outros papéis já apreendidos pela Sevandija. Durante a operação já foram presos 13 pessoas e nove mandatos de vereadores foram suspensos.
A investigação do esquema começou em 2015, com uma licitação suspeita de R$ 26 milhões para a aquisição de catracas para escolas, mas estendeu-se a outras áreas. De acordo com o delegado Flávio Reis, que está a frente da operação, o montante fraudado chega a R$ 203 milhões.
Contrato rompido
A administração da Daerp rompeu contrato com a empresa Atmosphera, também alvo da investigação da Sevandija, o que resultará no desligamento de 589 funcionários terceirizados da administração municipal.
A suspeita da Polícia Federal é que a Coderp (Companhia de Desenvolvimento da Prefeitura) firmava contratos por meio de licitações fraudulentas com a empresa para abrigar funcionários indicados principalmente por vereadores.
O dono da empresa, Marcelo Plastino, manteve contratos diretos e indiretos com 11 parlamentares, o equivalente a metade da Câmara.
Funcionários contratados por meio da Atmosphera estão se organizando para fazer um protesto no Fórum de Ribeirão Preto nesta sexta-feira (09/09). A Justiça bloqueou as contas dos supostos envolvidos com o esquema, o que fez com que a empresa ficasse sem recursos para pagar os salários dos funcionários.
Leia a íntegra da reportagem da Folha de S. Paulo: http://zip.net/bftr7L