Polícia Federal faz operação contra fraudes em benefícios do INSS em Goiás e DF

6 de junho de 2017 15:58

A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (6), uma operação para combater um grupo suspeito de fraudar benefícios previdenciários rurais de pensão por morte e aposentadorias em Goiás e no Distrito Federal. Segundo a corporação, o esquema causou prejuízo de R$ 5 milhões aos Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Algumas das falsificações foram consideradas "grotescas".

A Operação Oruza é uma força-tarefa da PF com a Secretaria de Previdência e o Ministério Público Federal (MPF). Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 76 de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão nas cidades goianas de Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propício, Porangatu, Trombas, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul e Formoso, além de Brasília.

Um vídeo divulgado pela Polícia Federal mostra o momento em que uma mulher dá entrada em um dos benefícios em uma agência da Previdência Social em Porangatu, na região norte do estado. As imagens mostram ela no guichê, sendo atendida por um servidor do INSS, enquanto um advogado, que a acompanha, aguarda nas cadeiras de espera (assista acima). Todos os três foram presos na operação desta terça-feira.

Conforme divulgado pela Superintendência da PF em Goiás, as investigações começaram há dois anos, depois que foram identificadas concessões irregulares principalmente de benefícios rurais para o pagamento de pensão por morte.

"Foram presos os presidentes das agências da Previdência Social em Niquelândia e Porangatu e uma outra servidora do INSS foi conduzida coercitivamente para prestar depoimento. Além disso, quatro advogados foram presos. Também são alvos os presidentes e ex-presidentes de sindicatos de trabalhadores rurais, agenciadores, fazendeiros e beneficiários", disse a delegada Marcela Rodrigues, da Delegacia de Repressão a Crime Previdenciários da PF em Goiás.

De acordo com a polícia, os valores eram recebidos de forma retroativa após a apresentação de declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos de trabalhadores rurais. "Os beneficiários ficavam com os valores pagos a partir do momento que a pensão ou aposentadoria era dada. Os valores retroativos ficaram com a quadrilha e eram divididos entre os membros", explicou a delegada.

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