Polícia Federal indicia ex-senador Gim Argello por corrupção passiva

4 de maio de 2016 10:01

A Polícia Federal decidiu indiciar o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) por corrupção passiva. O órgão aponta quatro atos envolvendo o ex-parlamentar, que foi detido na Operação Vitória de Pirro – 28ª fase da Lava Jato –, deflagrada em 12 de abril.

O ex-senador é acusado de exigir propina em dinheiro vivo de empreiteiros para livrá-los de depoimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. A investigação mostra que Argello recebeu R$ 5,35 milhões em 2014 – R$ 5 milhões da UTC Engenharia e outros R$ 350 mil da OAS.

O empresário José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, relatou à PF, em depoimento prestado em 28 de abril, que o então senador exigiu dele, em junho de 2014, R$ 5 milhões em propina. Antunes Sobrinho diz que o dinheiro não foi entregue a Argello.

A PF também indiciou o empresário Ronan Maria Pinto, estabelecido em Santo André, na Grande São Paulo, pela acusação de lavagem de dinheiro. Uma das hipóteses investigadas pela força-tarefa é a de que ele teria recebido dinheiro para interromper chantagens contra o PT com ameaças sobre o caso do ex-prefeito Celso Daniel, petista morto em 2002. O empresário também havia sido preso na Operação Vitória de Pirro.

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