Polícia Federal indicia primo de ex-ministro Jobim na Lava Jato
A Polícia Federal indiciou por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato o advogado Atan de Azevedo Barbosa, de 77 anos. A operação é coordenada pelo Delegado Federal Márcio Anselmo. No inquérito, a PF imputou os mesmos crimes ao ex-gerente executivo da Petrobrás Pedro Barusco, conforme noticiou o jornal Estadão, esta quarta-feira (21/09).
Primo de primeiro grau do ex-ministro Nelson Jobim, que presidiu o Supremo Tribunal Federal entre 2004 a 2006, Atan Barbosa teria funcionado como operador de propinas em favor da IesaÓleo e Gás junto a Barusco, segundo a PF. Os pagamentos seriam relacionados a contratos obtidos pela IESA, isoladamente ou em consórcio.
O advogado foi alvo de mandados de condução coercitiva e de buscas na 9.ª fase da Operação Lava Jato, batizada de My Way, em fevereiro de 2015. Ele foi preso por portar munição sem autorização, pagou fiança de R$ 25 mil e foi solto. Atan é funcionário aposentado da estatal e foi citado em delação premiada como um dos operadores de propina do esquema de corrupção instalado na companhia petrolífera, entre 2004 e 2014.
De acordo com o jornal Estadão, em depoimento à PF, em junho deste ano, Atan Barbosa declarou que fez transferências para a conta de Barusco "como cortesia". “Segundo Barusco, tais valores consistiram em vantagem indevida paga por Atan Barbosa, relacionada a contratos da IESA e CBD (Companhia Brasileira de Diques) com a Petrobrás. Por meio dos comprovantes bancários apresentados pelo colaborador Pedro Barusco, é possível contabilizar um total de US$ 1.556.350,00 pagos na conta Rhea Comercial INC. pela conta Heatherley Business. Os pagamentos teriam se iniciado em 20 de junho de 2008 e cessado em 30 de abril de 2013”, registra o documento da Polícia Federal.
Leia a íntegra da matéria do jornal Estadão: http://zip.net/bftsTx