Polícia Federal investiga crimes de corrupção eleitoral

24 de julho de 2012 15:50

Nas últimas semanas se intensificaram as denúncias e investigações de corrupção eleitoral. A Polícia Federal (PF) está mobilizada no combate às fraudes eleitorais em todo o Brasil, com atuação especial em zonas de maior incidência desses crimes.

Especialmente os estados menos desenvolvidos são foco da polícia judiciária, que intensifica suas ações para combater o crime de compra de votos, bastante recorrente em áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a PF já investiga diversas denúncias. Em conjunto com as demais polícias do estado, a PF trabalha para impedir a ocorrência de crimes mesmo nos municípios mais distantes. No Rio de Janeiro a preocupação é outra. A atenção da PF se volta aos milicianos que ameaçam e deixam os eleitores coagidos na hora de votar.

No último dia 20, um caso que ganhou grande destaque foi o do candidato a vereador por Palmeira dos Índios (AL), Luiz Costa de Araújo Ferro (PSDB), preso pela PF por corrupção eleitoral. O acusado era coordenador do Programa Minha Casa Minha Vida no município e estaria trocando votos por facilidades na aquisição de imóveis do programa federal.

Responsabilidade do governo

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) destaca a importância da atuação da PF nas eleições e garante que a instituição está inteiramente comprometida em garantir a cada cidadão o livre  exercício do direito de votar. A preocupação da Associação, porém, é outra: a ameaça de greve geral por parte dos servidores públicos federais no período eleitoral.
 
Em meio à negociação salarial que não avança, o processo eleitoral está em jogo. Caso seja deflagrada greve geral, a população ficará a mercê de partidos e políticos que se utilizam de meios ilegais para angariar eleitores. A PF está apreensiva que a falta de sensibilidade do governo e a recusa em iniciar uma negociação com os servidores seja motivadora de condutas ilícitas por parte de partidos que desejam se aproveitar de um momento de instabilidade. 
 
Continue lendo na matéria “Processo eleitoral na mira do crime”, p. 52-53, na última edição da Revista Prisma, clicando aqui.