Polícia Federal investiga fraude em documentos florestais no Acre que movimentou R$ 3 milhões
A Polícia Federal no Acre deflagrou, nessa quarta-feira (21/09), sob o comando do Delegado Federal Victor Negraes, a Operação Corpo e Alma, com objetivo de desarticular uma associação criminosa que atua contratando virtualmente créditos florestais por meio de emissões e recebimentos fraudulentos de documentos de origem florestal, noticiou o portal G1, nessa quarta-feira (21/09).
As investigações tiveram início em 2015. A fraude em créditos florestais no Acre movimentou uma quantia de R$ 3 milhões. O documento representa a licença obrigatória para o controle do transporte de produto e subproduto florestal de origem nativa e precisa acompanhar o produto desde a origem até seu destino final. O documento de origem florestal poderia ser retirado através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com o Delegado Federal responsável pela operação, Victor Negraes, o esquema funcionava no Acre, com ramificações também em Rondônia e Espírito Santo. "Começamos a investigar uma atuação de determinadas associações, que estavam transacionando créditos florestais. Então, obtinham madeiras ilícitas de locais de proibição de exploração sem a licença. Com esses créditos, conseguiam 'esquentar' essas madeiras, de tal forma que aos olhos do mercado parecia lícita", explicou ao G1.
O Delegado esclareceu que a fraude ocorria nesse documento virtual e "maquiava" a derrubada de árvores em áreas preservadas. "O nome da operação se deu porque a gente percebeu que os envolvidos negociavam a madeira ilícita de uma forma. Ao se referir ao papel (documento), eles chamavam de alma e a madeira era o corpo", destacou Negraes.
As quatro pessoas presas devem responder por associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem de capitais e crimes ambientais. Policiais estiveram em cinco madeireiras do Acre. Em Rondônia, foram cumpridos dois mandados de prisão. No Espírito Santo, uma condução coercitiva e um mandado de prisão.
Leia a matéria do portal G1 na íntegra: http://zip.net/bvttrS