Polícia Federal investiga projeto de US$ 15 bi
O inquérito da PF ficará sob responsabilidade da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros, de Brasília.
No domingo passado, os jornais Correio Braziliense e Estado de Minas revelaram que o grupo espanhol Nova Atlântida é investigado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, por suspeita de lavagem de dinheiro do crime organizado internacional. Um relatório do Coaf indica movimentações financeiras milionárias do presidente da Nova Atlântida, Juan Ripoll Mari, espanhol com residência no Rio de Janeiro. O documento cita também uma investigação conjunta das polícias da Suíça, França e Itália, de 1991, na qual um agente suíço acusou Ripoll Mari de suposta reciclagem de dinheiro sujo do narcotráfico, da máfia italiana e do terrorismo. O Coaf analisou, de forma preliminar, a movimentação financeira do grupo Nova Atlântida e concluiu que aparentemente ele não tem recursos para bancar os custos do empreendimento. Por outro lado, descobriu que os sócios da empresa o empresário espanhol, sua mulher, Iselda Ripoll, e seu filho David Ripoll têm movimentações bancárias atípicas.
Outro lado
O advogado da Nova Atlântida, Felipe Abelleira, nega que Ripoll Mari esteja envolvido em atividades ilícitas no Brasil e no exterior. Diz também que a movimentação financeira do empresário é compatível com seus rendimentos. O grupo movimenta grandes somas, o que justifica as remessas que são feitas da Espanha. Tudo está registrado no Banco Central, não há nada de irregular, afirma ele.