Polícia Federal prende chef de cozinha do DF por pedofilia

26 de agosto de 2016 12:29

Policiais federais prenderam em flagrante na manhã desta sexta-feira (26) um chef de cozinha, 30 anos, por pedofilia e divulgação de pornografia infantil na internet. Buscas também foram feitas em Ceilândia, Riacho Fundo e nas asas Sul e Norte. Com o cozinheiro foram encontrados vídeos e fotos com imagens de abusos infantis. A operação, batizada de Hang Loose, teve início no Paraná. A investigação no DF foi coordenada pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC). O preso foi encaminhado para a Superintendência da PF, no Setor Policial Sul.

 

Segundo fontes da Polícia Federal, o chef trabalha em um restaurante da família. Por motivos de segurança, o nome não foi divulgado.

 

As buscas feitas nas outras regiões administrativas também resultaram na apreensão de um extenso material proibido.

 

Gravações estão armazenadas em mídias, computadores e até mesmo celulares de outros suspeitos que, até o momento, não receberam mandados de prisão.

 

“É grande a quantidade de material recolhido. Será feita uma perícia para comprovar se o acusado, além de compartilhar e armazenar, também participava dos abusos. Chegamos até ele por meio de provas robustas”, explicou ao Metrópoles o delegado Stenio Santos Sousa, coordenador da operação.

 

A polícia começou a apurar o caso em 2013. À época, uma pessoa foi presa em posse de material pornográfico envolvendo crianças no Paraná. Após este caso, verificou-se que o chef brasiliense trocava e-mails com outros suspeitos, dentre eles, o primeiro acusado detido no Paraná.

 

O chef poderá responder por armazenamento, compartilhamento e produção de imagens com cenas de sexo explícito ou pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. Se somadas, as penas por esses crimes podem chegar a 20 anos de prisão.

 

Hang Loose

 

Segundo a Polícia Federal, cinco pessoas estão envolvidas no crime e duas delas tinham participação mais ativa – mais ou menos como ocorre com o Hang Loose, famoso cumprimento havaiano feito com os dois dedos da mãos. O movimento das mãos seria uma analogia à ação da PF para derrubar os dois acusados.

 

Operação Láquesis

 

Em 11 de agosto a Polícia Federal deflagrou a Operação Láquesis contra o compartilhamento de pornografia infantil na internet. Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão: 29 no DF, três em Goiás, dois em Mato Grosso e um no Espírito Santo.

 

Quinze pessoas foram presas em flagrante, 13 no DF e duas em Anápolis (GO). Um dos presos, servidor da Câmara dos Deputados, tinha mais de 300 HDs com material ilícito. Um outro chegou a engolir um pen drive para fugir da ação policial.

 

Segundo o delegado da PF, Stenio Santos Sousa, uma análise preliminar mostrou que as imagens recuperadas nos computadores mostravam situações “graves”. “Há um vídeo que mostra um bebê sendo violentado. É algo que afeta até a nós, policiais, que já atendemos muitos casos difíceis”, afirma.

 

De acordo com o delegado, os investigados utilizavam um software na internet e compartilhavam as imagens entre si. Ainda não há como saber se as mídias recuperadas foram produzidas pelos suspeitos ou apenas retiradas da web.