Polícia Federal prende falsos médicos no interior de São Paulo
A Polícia Federal (PF) prendeu falsos médicos na manhã desta terça-feira (19) na Operação Tumi, deflagrada no interior de São Paulo. A ação combate crimes de falsidade documental, uso de documento falso e exercício ilegal de medicina.
Segundo a Polícia Federal, os investigados são dois irmãos que, embora não tenham completado o curso superior de graduação em Medicina, teriam obtido a inscrição para o exercício da profissão mediante a apresentação de diplomas falsos perante o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), os quais apontavam como especialidade a cirurgia médica.
A PF aponta que os falsos médicos atuavam desde 2012 na região de Avaré, no interior paulista, atendendo em hospitais públicos e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Os diplomas falsos, de acordo com a Polícia Federal, foram supostamente emitidos por universidade privada localizada na Bolívia e revalidados no Brasil para a posterior apresentação junto ao Conselho Regional de Medicina, "visando a obtenção fraudulenta de autorização para exercer a profissão médica".
A falsidade dos documentos foi confirmada pela Justiça boliviana por meio de pedido de cooperação jurídica internacional, informa a PF.
As penas para os crimes investigados variam de seis meses a seis anos de reclusão e multa.
Tumi
O nome da operação que culminou na prisão dos dois irmãos (Tumi) se refere a facas que possuíam o formato da letra "T", um símbolo do Deus da medicina inca. Essas ferramentas eram utilizadas em diversos tipos de intervenções cirúrgicas, como por exemplo aquelas a fim de retirar ossos fraturados, pedaços de metal ou restos de armas dos crânios dos guerreiros feridos.
Esquema em Santos
Além da operação no interior paulista, a PF também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão na Baixada Santista e em Itajaí (SC) em uma operação para desarticular esquema criminoso dedicado a retirar óleo combustível limpo de embarcações que operam no Porto de Santos.
Segundo a PF, a quadrilha que operava o esquema aproveitava o acesso ao porto e aos navios atracados para retirar combústivel de embarcações e revendê-lo no mercado nacional.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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