Polícia Federal: resumo do dia

12 de dezembro de 2011 12:20

A próspera família de Agnelo

O inquérito que apura o envolvimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, num esquema de desvio de verbas do Ministério do Esporte deverá atingir também sua família. A Polícia Federal e o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF investigam o aumento vertiginoso do patrimônio da mãe, dos irmãos e até de um sobrinho de Agnelo. Delegados e procuradores querem entender como a família do governador, que sempre fez questão de enfatizar sua origem humilde, passou a ostentar em apenas três anos mais de R$ 10 milhões em bens. De acordo com as investigações, os sinais de enriquecimento surgem no início de 2008 e vão até setembro deste ano. Agnelo deixou o Esporte em 2006 e logo depois se tornou diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), de onde saiu em 2010 para concorrer ao governo da capital do País. Levantamento preliminar da PF indica que os familiares do político petista não têm fontes de renda para justificar negócios celebrados nos últimos três anos, que incluem a compra de quatro franquias de restaurantes famosos de fast-food e da mais importante confeitaria de Brasília, todas localizadas nos principais shoppings da capital. Carros de luxo, apartamentos e até uma fazenda de gado em Goiás também constituem o que os investigadores batizaram de “império dos Queiroz”.

Na sexta-feira 9, através de sua assessoria, o governador Agnelo afirmou desconhecer a investigação. Já Glauco Alves, o homem que negociou as franquias, foi abordado pela reportagem quando chegava à Torteria da 302 Sul a bordo de uma Mitsu­bishi Outlander. Perguntado sobre os negócios com Agnelo, ele pediu tempo para pensar. “Estou com a cabeça cheia. Mas te ligo depois”, disse. Ailton, o irmão mais novo de Agnelo, reagiu com agressividade ao contato da reportagem. Disse que nunca fez negócios com o irmão ou com o governo e lançou ameaças. “Não admito que ninguém se meta em minha vida, tá certo?!”, afirmou. Ailton deu a entender que sabe onde o repórter mora e até a marca da motocicleta que usa no dia a dia. “A única coisa é que de vez em quando ela (a moto) pega fogo e explode”, disse. Questionado se estava ameaçando o repórter, o irmão de Agnelo perdeu a paciência. “Você sabe onde eu trabalhava? Acha que está lidando com algum boboca? Depois a gente resolve. Vou ter o que rebater depois na Justiça e por outros meios. Você se cuida!” 

* Revista Istoé

PF vai indiciar administradores da Petrobrás por crime ambiental

Administradores da refinaria Duque de Caxias (Reduc) da Petrobrás serão indiciados pela Polícia Federal (PF) por crime ambiental, pelo lançamento de efluentes no Rio Iguaçu, na Baixada Fluminense. A decisão é do delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF, que já remeteu o inquérito ao Ministério Público Federal (MPF).

O delegado explicou que as análises da água foram feitas por técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A poluição teria acontecido em dezembro do ano passado e agosto deste ano.

Segundo Scliar, o lançamento contraria a Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que entre outras coisas estabelece padrões de classificação para qualidade nos corpos hídricos. Além disso, a pena está prevista no artigo 54 da Lei 9.605/98 e estabelece prisão de um a cinco anos.

Em nota, a Petrobrás considerou que as amostras coletadas pela PF e analisadas pelo Inea "apresentaram resultados que não podem ser considerados válidos, sob o ponto de vista técnico de metodologia de coleta".

*Estadão com informações da Agência Brasil

PF é acionada para investigar compra de votos em Belém

A Polícia Federal foi acionada neste domingo (11) para investigar uma denúncia de compra de votos em Belém, durante a votação do plebiscito sobre divisão do Pará. Até agora este foi o caso mais grave registrado pelo Ministério Público Eleitoral envolvendo o plebiscito.

De acordo com o procurador regional eleitoral Daniel Azeredo, houve a denúncia de que pessoas em um carro estariam oferecendo dinheiro em troca de votos na periferia de Belém. Pela manhã, foi feita a apreensão de materiais de campanha a favor da divisão do Pará –que não poderiam ser distribuídos neste domingo.

Houve também o caso de uma empresa no município de Barcarena (a 15 km de Belém) que não estaria liberando seus funcionários para votar. Todas as ocorrências estão sendo apuradas ainda. Estas foram as principais entre cerca de 20 denúncias de supostas irregularidades durante o plebiscito.

*Folha de S. Paulo

Falsos agentes da PF fingem acompanhar plebiscito e são detidos

A Polícia Federal no município de Óbidos, oeste do Pará, deteve na tarde de sábado dois homens que tentavam se passar por agentes da Polícia Federal. Os suspeitos, que queriam embarcar sem pagar em uma lancha no porto do município, diziam que iam acompanhar a votação do plebiscito que decidiria a divisão do Estado.

De acordo com o delegado Elinelson Silva, pessoas que estavam próximas à embarcação e que conheciam os verdadeiros agentes comunicaram à Polícia Federal, que foi ao local e deteve a dupla. Os dois foram levados à delegacia de Polícia Civil, onde assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência, sendo liberados após. O caso será investigado.

*Portal Terra

Governo autoriza concurso com 1.200 vagas para a Polícia Federal

O governo federal autorizou a realização de concurso público com 1.200 vagas para a PF (Polícia Federal). De acordo com portaria do Ministério do Planejamento, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, o prazo para publicação do edital com a abertura das inscrições é de seis meses.

Serão 500 vagas para agente da Polícia Federal, 100 vagas para papiloscopista, 150 vagas para delegado, 100 vagas para perito e 350 vagas para escrivão.Na última quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia anunciado 1.500 vagas na Polícia Federal e 1.300 vagas na PRF (Polícia Rodoviária Federal). A maioria dos novos policiais deve ser encaminhada para trabalhar na região de fronteira, que envolvem 710 municípios brasileiros.

* Campo Grande News

PF conclui que Collor pagou pelo “dossiê Cayman”, diz jornal

Os leitores que se lembram do cenário político brasileiro do fim dos anos 1990 certamente se recordam do famigerado “dossiê Cayman”, uma lista de documentos que denunciava (falsamente) que líderes do PSDB como Fernando Henrique Cardoso (na época presidente da República), José Serra, Mario Covas (morto em 2001) e Sergio Motta (morto em 1998) tinham contas milionárias em paraísos fiscais. O dossiê, que veio à tona em 1998, foi oferecido a diversos adversários políticos do PSDB e, segundo a Polícia Federal, o ex-presidente Fernando Collor (atualmente senador) comprou os papéis. De acordo com a Folha, há um dado irônico: Collor teria feito o pagamento a partir de uma conta que ficava em um paraíso fiscal.

O caso está 10ª Vara de Justiça Federal de Brasília, onde será julgado. Collor não se manifestou sobre o relatório da PF.

* Revista Epoca