Polícia identifica 30 vítimas de golpes em programas do governo

19 de julho de 2016 16:05

Pelo menos 30 pessoas foram identificadas pela polícia como vítimas da quadrilha que aplicava golpes em programas do governo federal em São José do Rio Preto (SP). Quatro pessoas foram presas nesta segunda-feira (18) sacando dinheiro em uma agência bancária na cidade. “As vítimas não mencionaram que sabiam do esquema, falaram apenas que deram os dados e recebiam uma quantia por mês”, afirma a tenente Amália Paci, da Polícia Militar.

Os quatro homens foram presos suspeitos de fazer parte da quadrilha que fraudava programas sociais do governo federal. Parte do grupo foi flagrado enquanto sacava dinheiro. Um homem foi flagrado sacando dinheiro de programas sociais. Outros dois homens estavam em uma caminhonete que dava cobertura para o sacador e o terceiro preso é um mototaxista que distribuía o dinheiro da quadrilha.

“Eles pegam as pessoas mais carentes, pegam os documentos delas, prometendo algum dinheiro no final do mês ou no começo do mês, fazem o cartão do Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Seguro Desemprego. Quando o dinheiro cai, o cartão fica com eles, eles tiram o dinheiro e dão um percentual para esse indivíduo que deu os dados deles”, diz a tenente.

lha foi presa em um banco, na região norte de Rio Preto. Funcionários da agência estranharam da quantidade de saques feitos pelas mesmas pessoas e chamaram a polícia. Quando os policias chegaram, descobriram que do lado de fora havia mais um homem, dando cobertura ao grupo.

Os suspeitos que estavam em uma caminhonete conseguiram fugir, mas foram detidos perto da casa deles, no bairro Dom Layete. Na casa dele a polícia encontrou quase R$ 22 mil em dinheiro, cartões de crédito, diversos documentos como carteira de trabalho.
Todas as pessoas presas já eram investigadas pela Polícia Federal por falsidade ideológica, estelionato e formação de quadrilha. A polícia não descarta a possibilidade de outras prisões nos próximos dias.

As investigações apontaram que a quadrilha funcionava  dividida em grupos. O que fazia os saques  retiravam  R$ 12 mil por semana. Durante a prisão eles disseram pra polícia que ficavam com 10% do valor sacado, o restante era para os "chefes" da quadrilha. A Polícia Federal não descarta a possibilidade de participação de servidores públicos no esquema.

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