Polícia prende 19 em Angra; 150 computadores são apreendidos

26 de outubro de 2007 11:20

A operação “Carta Marcada” envolveu 150 policiais e foi conduzida pelo titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente Luiz Marcelo Xavier. Segundo ele, a investigação começou há oito meses depois de o presidente da Feema, Axel Grael, denunciar que desconfiava de um esquema de venda de licenciamento ambiental por funcionários do órgão.

“A partir daí, descobrimos outros crimes, como as fraudes nas licitações. Esse grupo recebeu, entre 2005 e 2007, R$ 80 milhões. Os presos tiveram uma avassaladora evolução patrimonial nos últimos anos, o que demonstra que também praticavam o crime de lavagem de dinheiro”, informou.

Segundo o delegado, os empresários pagavam até R$ 30 mil por licenças ambientais para liberar construções.

Com os presos, a polícia apreendeu uma lancha no valor aproximado de R$ 400 mil, diversos carros de luxo e dinheiro. Xavier disse que a investigação continuará já que há indícios de que a quadrilha atuava em outros municípios do Sul Fluminense.

PF prende 12 por dinheiro falso
Indícios apontam para a distribuição de cerca de R$ 1 milhão em notas falsificadas por todo o País

PORTO ALEGRE – A Polícia Federal desarticulou ontem uma quadrilha especializada na falsificação de dinheiro em cinco cidades do Rio Grande do Sul. Na operação, denominada Esfinge, 95 policiais prenderam 12 suspeitos e recolheram equipamentos como impressoras, computadores, prensas e guilhotinas em Porto Alegre, Gravataí, Alvorada, Sapiranga e Cachoeirinha.

Os acusados serão indiciados pelos crimes de falsificação de moeda e formação de quadrilha e, se condenados, podem pegar penas de até 18 anos de reclusão. Uma estimativa preliminar da Polícia Federal (PF) indica que o grupo distribuiu cerca de R$ 1 milhão em notas falsificadas. As cédulas se espalharam por todo o País a partir da região metropolitana de Porto Alegre.

O delegado Fabrício Argenta acredita que muitas notas fabricadas pelo grupo estejam em circulação e, pela qualidade que têm, podem enganar a população.

A investigação começou em julho, como um dos desdobramentos da Operação Patrimônio, que prenderia 77 suspeitos de roubo e clonagem de veículos em setembro.

PF apreende 150 computadores
O Globo

A Polícia Federal apreendeu ontem 150 computadores da prefeitura de Angra dos Reis.
A medida foi tomada após o Ministério Público receber denúncias de que funcionários estariam apagando arquivos nos equipamentos, com o objetivo de destruir provas que serviriam para a Operação Carta Marcada. Realizada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), a operação investiga fraudes em licitações, venda irregular de licenças ambientais da Feema, lavagem de dinheiro e crimes de concussão e corrupção em prefeituras do Sul Fluminense, principalmente a de Angra.

Os policiais federais, que também recolheram documentos, estiveram ontem nas secretarias de Fazenda, de Meio Ambiente, de Integração Governamental, de Saúde e de Obras, além da Fundação de Saúde de Angra dos Reis (Fusar), cujo presidente, João Domingos, foi um dos 19 presos anteontem. Dez pessoas continuam foragidas, incluindo empresários e três secretários do município.

O prefeito de Angra, Fernando Jordão, atribuiu ontem ao PT as denúncias de fraudes em licenças ambientais em seu governo. Ele afirmou que já exonerou os secretários denunciados e nomeou outros para suas pastas. Disse ainda que todos os processos relativos a contratos sob suspeita que se encontram na prefeitura foram suspensos.

Estou com a consciência tranqüila. Vamos abrir uma sindicância para apurar tudo.

Quando montei meu secretariado, fiz isso tecnicamente e baseado na reputação das pessoas. Se essas pessoas, por acaso, forem condenadas, se a Justiça indicar que são responsáveis, elas traíram minha confiança, infelizmente disse Jordão.

O prefeito afirmou ainda que o empresário João Ottoni Jordão, acusado de ser um dos beneficiários dos esquemas de licitação fraudulenta, é de fato parente seu, mas apenas um primo distante .

Os secretários exonerados que estão foragidos são Bento Pousa, de Integração Governamental; José Nicodemos de Amorim, de Fazenda; e Cláudio Lima Sírio, de Obras.

A Polícia Civil e o Ministério Público investigam o vazamento de informações que teria possibilitado a fuga dos secretários e de outros envolvidos.

Um funcionário do MP teria passado informações sobre a operação.