Polícia Rodoviária decide rescindir contrato depois de ter prova fraudada

10 de dezembro de 2007 14:00

A rescisão contratual deve ocorrer ainda nesta semana, de acordo com a Polícia Rodoviária, por descumprimento de cláusula de contrato.
“Já temos amparo legal, já que eles se comprometeram a não deixar a prova vazar. Eles têm a responsabilidade de todas as etapas: elaborar, imprimir e distribuir a prova. O NCE descumpriu um dos termos, mesmo se a culpa não for deles, houve vazamento. A PRF não participou em nenhum momento”, afirmou ontem Alexandre Castilho, responsável pela comunicação nacional da PRF.
“A empresa já é contratada para nenhum policial ter acesso à prova. Nem mesmo o coordenador nacional de ensino, Neemias Carvalho, tem acesso”, afirmou ele .
Na sexta-feira à noite, quando foi descoberta a existência de uma prova retirada do lote, a direção geral da PRF se reuniu com representantes da NCE em Brasília, onde anunciaram a intensão de rescisão contratual, como “melhor maneira para garantir a credibilidade da prova”.
A prova não deve acontecer antes de março do ano que vem, afirma Castilho. A preparação para o exame de ontem durou quatro meses, desde que foi anunciado pelo Ministério do Planejamento.
Com o cancelamento do contrato, a PRF vai contratar em caráter emergencial uma das empresas que perderam na concorrência com a NCE em razão do preço. O critério de desempate vai ser o “plano de segurança” que o concorrente deverá apresentar.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com o Núcleo de Computação Eletrônica para comentar a decisão da polícia de rescindir o contrato firmado entre eles.
A Polícia Federal e o Ministério Público estão trabalhando em sigilo para, de acordo com esses órgãos, não atrapalhar as investigações.