Policiais federais recolhem computadores, contratos e notas da Prefeitura de Serrita

3 de julho de 2014 15:31

Respondendo em liberdade processo por desvio de recursos públicos e fraude eleitoral, a situação do prefeito de Serrita, Carlos Eurico Ferreira Cecílio (PSD), pode se complicar ainda mais. A Polícia Federal (PF) está recolhendo, desde ontem, computadores, contratos de licitação e notas com ordens de pagamento da prefeitura para investigar denúncias de novos desvios de verbas. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, numa operação batizada pela PF em Pernambuco de "Júlio César II".

O TRF determinou, também, o sequestro de imóveis (casas e hotéis) nas cidades de Salgueiro, Serrita, Petrolina e Maceió (AL). A assessoria da PF, no entanto, não divulgou o valor do montante de dinheiro desviado, para não atrapalhar as investigações. O caso está com o delegado Daniel Silvestre, da Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos. Todo o material apreeendido está sendo trazido para o Recife, onde passará por análise e perícia contábil pela Controladoria Geral da União.

 

Procurado pela reportagem, Carlos Eurico não foi localizado para comentar sobre o assunto. A primeira fase da "Operação Júlio César", deflagrada em 2008, apurou crimes eleitorais e desvios de recursos públicos em gestões anteriores do atual prefeito de Serrita, no Sertão do estado. Apesar disso, ainda havia notícias de que os desvios continuavam a existir na atual gestão. O próprio prefeito já responde por esses processos. Foi por causa dessas suspeitas que a Justiça expediu mandados de busca e apreensão, deflagrando a segunda fase da operação federal.