Presidente da ADPF defende uniformidade para êxito em ações tecnológicas
O principal gargalo da tecnologia na segurança pública é encontrar integração. Essa é a avaliação do presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, a respeito de inovações tecnológicas usadas para aprimorar o trabalho de investigação.
Ele observa que há dificuldades de integração não só dentro dos órgãos públicos, mas também em outras instituições, com equipes utilizando diferentes procedimentos para uma mesma finalidade, por exemplo. “Não há uma uniformidade. Na hora que a gente resolver isso, a tecnologia vai funcionar bem melhor”, avalia.
Para o delegado federal, a expectativa com relação à Operação Lava-Jato era a de que, a partir de então, fossem trazidas mais ferramentas de combate à corrupção e ao crime organizado. E que viessem legislações para aperfeiçoar o que não tenha funcionado nestas investigações.
“Mas, infelizmente, os resultados não são tão bons. Nós retrocedemos um pouco”, diz ele, referindo-se a legislações como a Lei de Abuso de Autoridade e o pacote anticrime que entraram em vigor, recentemente. Segundo Paiva, se tivesse havido um debate mais maduro, os textos aprovados teriam sido mais adequados à realidade dos profissionais que atuam nessa área.
É com esse objetivo de apresentar soluções tecnológicas de combate ao crime que a Diretoria Regional da ADPF-DF realizará, nos dias 19 e 20 de outubro, em Brasília, o 3º Simpósio Internacional de Segurança. O evento aconteceria em maio, mas foi adiado por causa da pandemia do novo coronavírus.
Para antecipar os temas que serão abordados no Simpósio, a ADPF está promovendo uma série de transmissões ao vivo (lives), com a participação de convidados. Nesta segunda-feira (25), foi a vez de participarem o adido policial federal Eugênio Ricas e Giovani Thibau, especialista em forense digital e em segurança da informação, também CEO da TechBiz Forense Digital, uma das empresas que estará no evento.
Os convidados debateram o tema “A tecnologia e o combate ao crime: integração e cooperação internacional”, mediado pelo coordenador do Simpósio Internacional de Segurança Pública, delegado federal Luciano Leiro, vice-presidente da ADPF e diretor regional da ADPF-DF.
“Nas duas primeiras edições do Simpósio, já apresentamos boas práticas e colocamos fornecedores de tecnologia no mesmo ambiente para que os gestores de segurança pública decidam quais podem ser utilizadas no combate ao crime”, diz o presidente da ADPF, Edvandir Paiva.
Simpósio de Segurança
Em 2020, o evento chegará à sua 3ª edição com o objetivo de propagar as melhores práticas de tecnologia no Brasil e no mundo que possam ser aplicadas no combate à criminalidade, tanto na fase de investigação como na prevenção de crimes. Vários parceiros confirmaram participação, além do apoio institucional de instituições como a Polícia Federal, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e Colégio de Nacional dos Secretários de Segurança Pública.
Confira a live na íntegra: