Presidente da ADPF fala sobre aposentadoria policial ao O Dia
Com a aproximação da data de votação do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição 06/2019, que trata da Reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados, o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, expressou a insatisfação da classe, diante das mudanças propostas.
Em entrevista ao jornal O Dia, Paiva apontou que os policiais se sentem desprestigiados pelo governo. Na Câmara, os parlamentares reduziram a idade mínima para os policiais federais se aposentarem. Mas, segundo o presidente da ADPF, essa não era uma das maiores reivindicações das forças policiais.
“Idade mínima não era nosso problema. E essa mudança na PEC 6 só vai atingir menos de 3% da nossa categoria. O que queríamos era uma regra de transição que beneficiasse os policiais que estão prestes a se aposentar, mas que, por causa da reforma, terão que passar sete ou mais de sete anos na ativa para se aposentarem”, afirmou.
Paiva também ressaltou que a classe policial tem as mesmas condições e impedimentos que os militares das Forças Armadas, como proibição de realização de greves, e não possui FGTS. “Privilégio é ter um pedágio de 17% sobre o tempo que falta para a aposentadoria, que é a transição proposta aos militares. Se não houvesse esse tratamento diferente (ao dos militares), não haveria esse sentimento tão negativo entre a gente. Os policiais estão se sentindo desprestigiados pelo presidente Jair Bolsonaro”, disse.
A votação do segundo turno do projeto deve começar na próxima terça-feira, 6 de agosto. Caso a matéria seja aprovada, seguirá para o Senado. A expectativa dos policiais é reverter a situação nesta Casa.
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