Presos 62 envolvidos em roubos de carros

6 de setembro de 2007 11:07

Segundo o delegado Rafael França, os grupos não agiam sob uma única coordenação, mas tinham em comum o uso dos serviços de falsificadores de placas, numeração de chassis e de selos, classificados como operadores físicos , e de falsificadores de certificados de registro, carteiras de motorista e de identidade, qualificados de operadores documentais , instalados na cidade de Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre.

A investigação mostrou que os grupos de assaltantes agiam preferencialmente em bairros de classe média alta e roubavam vários carros por dia, muitas vezes rendendo as vítima ainda sonolentas pela manhã ou seguindo-as na saída de bares, restaurantes ou festas. Para clonar os veículos, as quadrilhas contavam com os serviços dos falsificadores das numerações e de documentos. Estes, por sua vez, recebiam informações de pessoas que tinham acesso aos cadastros oficiais e captavam numerações e registros de veículos da mesma marca e cor do roubado.

Policiais
Concluída a clonagem, os veículos eram revendidos a receptadores, geralmente a preços baixos, e também chegavam às mãos de pessoas que compravam de boa fé. Além disso, transportadores de cigarros falsificados, drogas e contrabandistas de outros estados adquiriam os veículos roubados no Rio Grande do Sul para suas ações , revela França.

Entre os presos estão um policial civil e um agente penitenciário, que, como os outros 60, serão indiciados por roubo, formação de quadrilha, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, falsificação de documento público e estelionato. A Operação Patrimônio contou com 326 policiais federais, inclusive equipes deslocadas do Acre e do Distrito Federal, e 60 policiais militares, que usaram 70 veículos e dois helicópteros durante as buscas.