Presos em operação da PF no Amapá são transferidos para Brasília
Sete presos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (25) em Macapá (AP), em um desdobramento da operação Mãos Limpas, foram transferidos para Brasília. O grupo deve chegar à Capital Federal antes das 22h, segundo a Superintendência da Polícia Federal de Macapá. A prisão preventiva vale por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.
Todos os presos são suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações. Entre os presos está o ex-secretário de gabinete da prefeitura de Macapá e uma a ex-secretária de Assistência Social.
Cinco empresários da cidade também tiveram a prisão decreta. Segundo a polícia, as prisões são resultado das provas obtidas em depoimentos, análises de documentos e exames periciais dos materiais apreendidos durante os trabalhos da Operação Mãos Limpas.
Além das prisões, a PF cumpriu nesta segunda 18 de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva. Entre os que foram levados para prestar depoimento estavam o prefeito de Macapá, Roberto Goés (PDT). Agentes da PF cercaram a casa de Góes pela manhã e o levaram para depor, segundo a assessoria do prefeito. Segundo a assessoria do prefeito, ele respondeu a cinco perguntas e foi liberado.
A polícia ainda precisa cumprir três mandados de condução coercitiva. Segundo a PF, as pessoas intimadas estão viajando e devem prestar depoimento assim que retornarem a Macapá.
A operação
A operação Mãos Limpas tem como base um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O relator é o ministro José Otávio Noronha. No dia 10 de setembro foram deslocados 600 policiais federais para cumprir no Amapá e em outros três estados 18 mandados de prisão, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.
Durante a operação, foram presos o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), e seu antecessor, Waldez Góes (PDT). Ambos já foram soltos. Quando eles foram presos, os advogados do governador e do antecessor dele negaram o envolvimento dos dois com irregularidades. O presidente do Tribunal de Contas do Amapá, José Júlio de Miranda Coelho foi preso na Paraíba. Ele segue detido em Brasília.
Segundo a PF, as investigações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF).
De acordo com a PF, os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.
Fonte: G1