Presos são liberados
Para o juiz, não há razão para a manutenção da prisão temporária dos cinco acusados de fraudar licitações dos Correios. Foram soltos o lobista Arthur Wascheck, o empresário Marco Antônio Bulhões, o servidor dos Correios Sérgio Dias Franco, Luiz Carlos de Oliveira Garritano e Antônio Félix Teixeira. A decisão do juiz irritou policiais federais e procuradores da República que estão à frente das
investigações.- Nos próximos dias a polícia iria tentar localizar endereços e pedir novas buscas. Esse trabalho está prejudicado com a volta dessas pessoas às ruas – afirmou na segunda-feira um policial, que está acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Selo.Na segunda-feira, o presidente dos Correios,
Carlos Henrique Custódio, informou que até o momento não recebeu cópias
do inqúerito da Operação Selo. Sem as informações, Custódio disse que não é possível decidir se abre ou não investigação contra os três funcionários da empresa que teriam envolvimento com o esquema de fraudes nas licitações. Entre os três, está o diretor de operações, Carlos Roberto Samartine Dias, afastado do cargo na sexta-feira.Custódio voltou a afirmar que desconhece qualquer indício de irregularidade na estatal e se queixou das declarações do procurador Bruno Acioly e do delegado da Polícia Federal Daniel França. Acioly comparou a corrupção nos Correios a um câncer e França disse que o grupo atuava como uma quadrilha que briga por pontos do tráfico nos morros.- Pode haver uma ou outra pessoa envolvida, mas não tem quadrilha, não tem câncer nos Correios. Estou muito chateado com essas comparações – disse Custódio.MensalãoO lobista Arthur Waschek Neto, um dos pivôs do escândalo do mensalão, prestou depoimento na tarde de domingo e se recusou a responder as perguntas formuladas pelo delegado Daniel França e pelo procurador da República Bruno Acioly.