Primeira-dama investigada pela Polícia Federal vira secretária

29 de abril de 2016 10:39

Belo Horizonte – Investigada na Operação Acrônimo, a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira Pimentel, foi nomeada secretária estadual do Trabalho e do Desenvolvimento Social. A decisão foi tomada pelo marido, o governador Fernando Pimentel (PT), e publicada no Diário Oficial do Estado. Carolina agora passa a ter foro especial na Justiça.

A nomeação ocorre quando o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, apontado pela Polícia Federal como operador de Pimentel em esquemas de corrupção, avalia fechar um acordo de delação premiada e pode denunciar Carolina. Ele é suspeita de colaborar com financiamento ilegal da campanha do governador em 2014. 

Conforme as investigações, Bené também pagou despesas pessoais do governador e da esposa, como a estadia em resort de luxo na Bahia.  A ascensão de Carolina ao primeiro escalão do governo mineiro também coincide com depoimentos da empresária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper, que atendia ao PT. Em busca de delação premiada, ela forneceu detalhes do esquema de corrupção apurado na operação. A primeira-dama é suspeita de ser sócia oculta da empresa, que recebeu recursos não PT e do BNDES.

O secretário da Casa Civil e Relações Institucionais, Marco Antônio de Rezende Teixeira, negou que a indicação de Carolina Pereira tenha relação com as investigações da Polícia Federal.

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