Procurador diz que depende da Polícia Federal para oferecer denúncia do mensalão do DEM

17 de fevereiro de 2011 10:06

O procurador-geral da República (PGR), Roberto Gurgel, afirmou hoje (16) que a dificuldade na conclusão da denúncia no caso do mensalão do DEM, pagamento de propina revelado no governo de José Roberto Arruda, em Brasília, no final de 2009, é resultado de uma série de atrasos no trabalho da Polícia Federal.

“Tivemos realmente uma série de dificuldades com a Polícia Federal, com atrasos de perícias e tudo o mais. Ainda há uma série de diligências pendentes, mas a gente espera conseguir resolver isso e ter condições realmente de apresentar a nossa conclusão”, disse Gurgel ao entrar na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) esta tarde.

Segundo Gurgel, as diligências policiais demoraram excessivamente e não há prazo para oferecimento da denúncia porque a PGR ainda espera que a PF complemente informações apresentadas no relatório entregue ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em agosto do ano passado.

Gurgel credita o atraso da PF a um acúmulo de trabalho no Instituto de Criminalística. “Mas na verdade, a gente entende que já passou do tempo. Evidentemente que já era para estar concluído”, disse.

O procurador afirmou que a demora no oferecimento da denúncia é prejudicial, mas que é melhor que uma possível precipitação. “A demora é sempre muito inconveniente para qualquer investigação, mas nós também não podemos nos precipitar e oferecer uma denúncia se não temos o suporte necessário, porque aí, sim, comprometeríamos uma investigação e apuração de fatos que são extremamente graves”.

A Polícia Federal afirmou, por meio de assessoria, que está reunindo informações para responder as colocações do procurador-geral da República