Prorrogada prisão cautelar de falsos PFs

21 de agosto de 2007 00:28

Eles, e mais um comparsa ainda foragido, são acusados de levar o carro e R$ 30 mil do empresário Marcelo Alves dos Santos na última quarta-feira (14).

Eles dizem que o dinheiro está com Diego, que foi ele quem conseguiu as roupas. Enfim, jogam a culpa para uma pessoa que não está aqui para dizer sua participação no caso, disse o delegado Carlos Augusto Nogueira, da 16ª DP (Barra da Tijuca).

A polícia investiga ainda a denúncia de que Tito fazia a segurança do chefe do tráfico na favela do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seria o responsável pelo transporte de drogas entre o Lixão e Vigário Geral.

Só este ano são mais de 2.500 policiais e bombeiros investigados

O caso foi mais um de crimes que envolvem agentes públicos de segurança. Segundo a corregedoria do Corpo de Bombeiros, 196 soldados respondem atualmente a inquéritos policiais. Na polícia civil, de janeiro a agosto deste ano, foram abertos 430 inquéritos e sindicâncias internas.

O número é ainda maior na Polícia Militar, com 1.957 processos administrativos e inquéritos abertos contra PMs só este ano. No entanto, nos últimos 12 meses, apenas 140 foram expulsos da corporação.

Há uma certeza de impunidade. Eles percebem, no cotidiano, que os mecanismos de controle que as policias possuem são muito frágeis, observa o sociólogo José Augusto Rodrigues, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que defende uma reforma nas instituições policiais.

Relembre como foi o crime

No dia do assalto, Tito, Antônio e um terceiro integrante da quadrilha, identificado apenas como Diego, deram voz de prisão a Marcelo Alves e tentaram algemá-lo, mas, flagrados por uma equipe de reportagem do jornal O Estado de São Paulo, fugiram. Eles levaram o carro do empresário de Marcelo e R$ 30 mil.

Marcelo é dono de uma casa de câmbio e estava com o dinheiro para entregar a um suposto cliente que queria trocar US$ 15 mil para comprar um carro numa concessionária na Barra da Tijuca. Quando chegou na loja e descobriu que não havia pedido nenhum, desconfiou de um golpe e voltava para sua empresa quando foi interceptado pelos ladrões.