Pública é melhor no exame da OAB/RJ

25 de setembro de 2007 13:00

A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) teve o melhor desempenho no Exame de Ordem do Rio, aprovando 67% dos 75 alunos seus que participaram da prova. Em segundo lugar, no ranking de escolas com melhor desempenho, aparecem a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade do Rio de Janeiro (UNI-Rio), com 50%, seguidas pela PUC-RJ, com 47%.

Apesar do bom desempenho das universidades públicas e tradicionais, a escola que mais alunos aprovou, em números absolutos, foi a Estácio de Sá: com um índice de aprovação de meros 13%, a Estácio aprovou 196 alunos, quase quatro vezes mais do que a Uerj.

Fizeram as provas do 32º Exame de Ordem da seccional fluminense da OAB 6.428 candidatos, dos quais apenas 673 obtiveram aprovação. Em média, apenas um em cada 10 candidatos que fizeram o Exame de Ordem, no Rio, obtiveram a carteira de advogado neste ano.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24/9), pelo presidente da OAB-RJ, Wadih Damous. O Rio é um dos 21 estados que já participam do Exame com conteúdo unificado da Ordem. São Paulo, e outros cinco estados fazem suas provas no mesmo dia, mas cada um elabora suas próprias provas.

Os números entre as duas seccionais mais influentes também são contrastantes. Em São Paulo, mais de 46 mil candidatos prestaram o Exame, dos quais 10.978 foram aprovados, resultando num índice médio de aprovação de 23,7%. A USP obteve o melhor índice de aprovação, com 74,7% enquanto a Unip aprovou o maior número de candidatos, em termos absolutos: 1.435.

Apenas seis das 30 escolas que mandaram alunos para o Exame conseguiram índice de aprovação acima dos 20%. O Centro Universitário Augusto Motta, por exemplo, não conseguiu aprovação para nenhum dos seus 134 alunos. Já o Centro Universitário Moacyr S. Bastos, que inscreveu 121 alunos no Exame, conseguiu a aprovação de um.

Ao comentar o resultado do Exame, o presidente da seccional da Ordem no Rio, Wadih Damous, afirmou que a OAB tem primado pela busca de uma qualificação maior para os cursos jurídicos mas lamentou a abertura desenfreada de cursos de Direito em todo o país. “A proliferação de cursos jurídicos tem gerado uma qualidade abaixo da mediocridade e isso é um calote social”, afirmou Wadih Damous, que pretende discutir com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o péssimo ensino jurídico apresentado pela maioria das faculdades do Rio de Janeiro.

Veja os rankings das escolas no 32º Exame de Ordem da OAB-RJ no site Conjur