Relator-geral corta orçamento da PF em R$ 133 milhões
O Congresso Nacional concluiu nessa última quinta-feira (17) a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo ano. Com a decisão do Deputado Federal Ricardo Barros (PP-PR) foram cortados R$ 133 milhões do orçamento da Polícia Federal.
Em 2014, ano em que foi deflagrada a operação Lava Jato, a PF investiu mais de R$ 137 milhões, cerca de R$ 51 milhões a menos do que em 2013. Já as despesas gerais, que incluem os salários de funcionários, por exemplo, somaram cerca de R$ 4 bilhões, o que corresponde a 81% dos gastos da PF.
Números indicam ainda que a PF apreendeu R$3.350.180.981,18 em bens e valores nas operações deflagradas em 2014. Esse valor é aproximadamente 50% do valor estimado (R$6.826.748.253,30) dos prejuízos causados pelos crimes investigados nas operações.
Contudo, para o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Miguel Sobral, esses cortes no orçamento de 2016 podem comprometer as grandes operações de combate ao crime organizado e a corrupção.
"Evidentemente, as operações da PF podem ficar comprometidas com um corte orçamentário desta magnitude. A Polícia Federal de 2016 pode não ser a mesma de 2015 em razão destes cortes. Por isso, é fundamental que a PF tenha autonomia orçamentária e financeira”, afirma Sobral.