Renan abre mão de considerações finais
Ele é acusado de ter contas pessoais pagas por um funcionário da empresa Mendes Júnior.”Hoje, visando dar maior celeridade ao julgamento a que me submeto democraticamente, abri mão de outro prazo: o das alegações finais, conforme determina a resolução número 20″, diz a nota.
Anteontem era o último dia para Renan fazer as alegações finais relativas à perícia da Polícia Federal nos documentos apresentados por ele. Na nota, o presidente do Senado também diz que não usou o prazo de dez dias ao qual tinha direito para impugnar a perícia feita sobre as provas apresentadas por ele ? “todas, por sinal, certificadas como autênticas e verídicas”, afirma.
Está marcada para amanhã a divulgação do parecer final da comissão de relatores. Se não houver pedido de vistas por parte de nenhum senador, a votação do conselho deve ser feita no mesmo dia.
O senador afirma que desde o início do processo procura cumprir todas as normas do regimento da Casa. “Apesar destes institutos preverem uma série de etapas e prazos que devem ser seguidos na defesa, jamais lancei mão de prerrogativas que poderiam delongar o processo, colocando-me sempre à disposição do Conselho de Ética da Casa e dos senadores”, declara.
Ele ressalta que tem se antecipado a qualquer pedido relativo a investigação e que ele próprio pediu ao Ministério Público Federal que abrisse uma investigação para que pudesse “chegar à verdade dos fatos.”
Divergências
Sem acordo, os relatores do caso no Conselho de Ética decidiram apresentar pareceres diferentes sobre a acusação que pesa contra o presidente do Senado Federal.
Os senadores Marisa Serrano (PSDB-MT) e Renato Casagrande (PSB-ES) vão apresentar um relatório conjunto, enquanto o senador Almeida Lima (PMDB-SE), dissidente, prometeu um voto favorável ao colega de partido. “Não foi produtiva a reunião porque cada um manteve seu posicionamento sobre a investigação”, disse Lima após encontro com os outros dois relatores do caso.