Repressão a desvios de recursos públicos é tema de seminário
Termina nesta sexta-feira, 25, o I Seminário de Repressão a Desvios de Recursos Públicos, evento que conta com o apoio da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal. Além de representantes da PF, foram convidados para a palestra, representantes do Ministério do Planejamento, do Fundo Nacional de Desenvolvimento para a Educação (FNDE), do Tribunal de Contas da União, dentre outros órgãos. Foram disponibilizadas três vagas por Estado aos chefes de equipes de investigação da área. O seminário está sendo realizado no auditório do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
Quase 150 pessoas participam da primeira edição do evento. De acordo com o chefe do Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos (SRDP), Josélio Azevedo de Sousa, a idéia é que o seminário ocorra anualmente. Segundo ele, é fundamental a capacitação dos policiais para um bom desempenho de suas funções. "É necessária a abertura de uma discussão sobre a repressão de desvios de recursos públicos no País. Trouxemos os órgãos de controle, como o TCU e a CGU, para conhecermos a realidade que eles vivenciam, e, também, para mostrar o que enfrentamos diariamente. Precisamos atuar em colaboração", afirma.
A preocupação com o fenômeno da corrupção tem despertado a atenção, especialmente pelos seus efeitos na geração de renda per capita, nos investimentos públicos e na qualidade da infra-estrutura. Para o diretor da ADPF/DF, Luciano Leiro, é importante a especialização das delegacias no combate a este tipo de crime. "Hoje são desviados milhões de recursos que deveriam ser utilizados em construção de escolas, hospitais, ou seja, benefícios para a população", comenta.
Atualmente, o País possui 17 delegacias especializadas em repressão de desvio de recursos públicos. As operações da Polícia Federal flagraram em 2011, cerca de R$ 3,2 bilhões de recursos públicos desviados. Com o Sistema Nacional de Desvio de Recursos Públicos (DRP), uma ferramenta de gerenciamento e de investigação da PF, os cadastros de pessoas e grupos envolvidos neste tipo de crime poderão ser compartilhados entre as delegacias especializadas.