Resenha Gazeta Mercantil – 13/12

13 de dezembro de 2007 09:27

– Varejo passa a ter fundo multigestor
Os fundos que aplicam em cotas de outros fundos, também conhecidos como fundos multigestores, vêm ganhando espaço no portfólio de aplicações do pequeno e médio investidor. Para o diretor comercial da TAG Investimentos, Thiago de Castro, o grande atrativo do produto é que ele deixa ao alcance de clientes de menor porte produtos mais sofisticados que, em geral, são geridos por casas independentes e estão disponíveis apenas para volumes muito elevados.
A recente popularização dos fundos multigestores, disponíveis nas modalidades multimercados e ações, está ligada ao cenário de estabilização da economia com queda de juros, que despertou os investidores para aplicações de maior risco na busca por melhores retornos. O Bradesco lançou seu primeiro fundo multigestor na rede no início de novembro. O produto, que atraiu mais de 200 cotistas em um mês, investe em fundos do UBS Pactual e Credit Suisse Hedging-Griffo.

– A performance da economia do País garantiu a maior popularidade do governo do presidente Lula neste ano. Segundo pesquisa CNI/Ibope, divulgada ontem, o governo do petista é considerado ótimo e bom por 51% dos entrevistados.

– Em um dia tenso, a discussão da CPMF no plenário do Senado fez sombra até ao pico de popularidade alcançado pelo presidente Lula da Silva, como apontou pesquisa divulgada pela manhã. A votação do tributo começou no final da tarde e avançou pela noite. No início da votação, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), chegou a falar em derrota do governo. Até às 21h30, o Planalto contabilizava 48 dos 49 votos necessários para prorrogar o tributo.

– O crescimento de 5,7% da economia brasileira no terceiro trimestre surpreendeu o mercado e até o mais otimista dos integrantes da equipe econômica do governo. Entre outros efeitos, os números ontem divulgados pelo IBGE deverão fazer com que o Ipea, que há um ano apostava em expansão da economia de 3,6% neste ano, refaça sua estimativa para uma taxa superior a 5%, assim como reavaliam outros analistas. Para atingir esse patamar, o PIB terá de crescer 4,3% de outubro a dezembro – menos que os resultados anteriores de 5,6% no segundo trimestre e de 4,5% no primeiro.
O crescimento acontece nos investimentos e no consumo das famílias. E todos os setores – indústria, agropecuária e serviços – compartilham o bolo. Um crescimento bem espalhado, define o IBGE. A indústria cresceu 5%; a agropecuária, 9,2%; e os serviços, 4,8%.

– Os estados têm R$ 17 bilhões acumulados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que deveriam ser repassados aos exportadores brasileiros, conforme prevê a Lei Kandir. Este valor aumenta de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões todos os anos. Especialistas afirmam que a compensação ou transferência de crédito a terceiros é burocrática. E, com isso, o deságio na venda dos créditos pode chegar a até 10%.

– Companhias aéreas dos Estados Unidos vão inspecionar rachaduras na fuselagem de 624 aviões para vôos regionais da Embraer. Segundo a empresa, a inspeção é uma ação preventiva e usual do setor.

– José Mauro Delella – Quando elaboramos o cenário para 2008, estimamos que o resultado em transações correntes deixará de ser predominantemente positivo e passará a um déficit de cerca de 1% do PIB.

– Na noite de terça-feira, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) levou a Caracas 70 empresários, que se juntaram a outros cem representantes da indústria brasileira de diversos setores e que participam, desde ontem, da primeira missão empresarial à Venezuela promovida pelo governo brasileiro. Para o setor privado, no país do polêmico presidente Hugo Chávez, o risco representa oportunidades.
Com alto crescimento econômico – de 10,6% em 2006 – e muita liquidez, garantidos pelos ganhos com a venda de petróleo, que responde por 50% das receitas governamentais e 25% do PIB, há uma demanda crescente por consumo na Venezuela. O problema é que faltam investimentos e, por isso, as oportunidades para exportar se multiplicam à medida que começam a faltar produtos no mercado local. Venezuelanos e estrangeiros temem pela instabilidade gerada no país por um governo com estilo agressivo, pouco conciliador, cujo modelo democrático é questionado nos bastidores até por seus maiores aliados, entre eles os governos brasileiro e argentino.