Resenha O Globo – 11/12

– Consórcio leva hidrelétrica com tarifa 35% mais baixa
Em apenas sete minutos, o consórcio liderado pela construtora Odebrecht e a estatal Furnas venceu o leilão para fazer a usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (Rondônia), orçada em R$ 9,5 bilhões. O projeto, polêmico, foi contestado por ambientalistas durante meses. As obras terão início no fim do primeiro semestre de 2008 e a usina gerará energia em 2012. Há 13 anos, o país não tinha obra desse porte. O grupo vencedor ofereceu R$ 78,89 o megawatt-hora, valor que é 35,3% abaixo do teto de R$ 122 fixado no edital do governo. Outros dois grupos que disputavam o leilão também ofereceram preços bem abaixo do edital (R$ 98,05 e R$ 94). O BNDES deverá financiar 75% da obra e o consórcio poderá vender 30% da energia gerada no mercado livre, cobrando o que desejar no futuro. Segundo analistas, confiando nessa receita futura, o consórcio teria oferecido o deságio de 35% no leilão.

– Mesmo com o balcão de negócios aberto em busca dos 49 votos necessários, o governo adiou para amanhã a votação, no Senado, da emenda que prorroga a CPMF. Mas, por ser o dia da sucessão de Renan Calheiros, novo adiamento poderá ocorrer. Ontem, a explicação foi que senadores da base estão com problemas de saúde e não poderiam comparecer.

– Merval Pereira – Estudo mostra que pobres pagam mais CPMF do que os ricos.

– Os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, são os que contribuem para a seguridade social no país e sua participação tem crescido. A conclusão é de estudo do Ibase para a ONG Social Wathc.

– O PPS recorreu ao STF para barrar a cobrança do imposto sindical obrigatório, começando pela contribuição do empregador, em janeiro. Na ação, alega que a cobrança fere a liberdade de associação.

– Todo o vilarejo de Caraíbas, atingido pelo terremoto de domingo, terá de se mudar. As 76 casas do lugar foram condenadas pelos bombeiros. O governo de Minas prometeu reconstruir todas em local seguro.

– A Justiça suíça indiciou ontem cinco ex-bancários de Zurique por lavagem de dinheiro no escândalo do propinoduto – o esquema de corrupção de fiscais estaduais e auditores federais, de 2003.

– Em seu discurso de posse, a presidente Cristina Kirchner pediu a condenação de todos os responsáveis por crimes cometidos no regime militar, aos quais se referiu como o maior genocídio da História argentina. Cristina apelou pela libertação da colombiana Ingrid Betancourt, irritando o presidente Álvaro Uribe, que antes da posse recusara oferta de ajuda de Lula.