Restaurante japonês no Rio de Janeiro é alvo da Operação Calicute

18 de janeiro de 2017 10:29

A rede de restaurantes japoneses Manekineko está na mira de investigadores da Operação Calicute, coordenada pelo Delegado Federal Antônio Carlos Beaubrun, sob suspeita de ter participado da rede de lavagem de dinheiro usada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral. A empresa fez, em 2014 e 2015, transferências milionárias para o escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, acusada de ser a responsável por lavar parte da propina.

De acordo com a Folha de São Paulo (17/01), Manekineko transferiu R$ 1 milhão para a banca da ex-primeira-dama. No ano seguinte, o escritório declarou ter recebido outros R$ 2,3 milhões da rede de restaurantes. Os R$ 3,3 milhões colocam o Manekineko como uma das principais fontes de pagamento ao escritório, acima de empresas de grande porte como EBX, Metrô Rio e Baskem – todas citadas em relatório do MPF como possíveis fontes de propina.

O restaurante voltou ao radar dos investigadores ao aparecer em relatório do Coaf como destino de depósitos em dinheiro feito por Michelle Tomaz Pinto, gerente financeira do escritório de Adriana Ancelmo. Investigadores querem saber a razão dos pagamentos e em qual volume ele de fato ocorreu.

A rede Manekineko tem seis restaurantes no Rio, sendo três na zona sul. O nome faz referência à figura oriental de um gatinho que acena, símbolo de prosperidade.

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