Secretários de segurança pública participam de almoço na ADPF
A sede da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) recebeu, na tarde desta quarta-feira (20), secretários e representantes de segurança pública de 19 estados, deputados federais e o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, para um almoço. O encontro teve como objetivo falar sobre o combate à criminalidade no país. O vice-presidente e diretor regional da ADPF, Luciano Soares Leiro, aproveitou a ocasião para convidar os presentes para o II Simpósio Internacional de Segurança, que será realizado nos dias 19 e 20 de março, em Brasília.
“A gente entende que o Estado tem dificuldade e escassez de recursos humanos. Sem dúvida alguma, é a tecnologia que vai nos ajudar a otimizar esse quadro e a chegar onde o Estado muitas vezes não consegue. Entendemos que a ADPF pode ser uma facilitadora, uma intermediária entre o setor privado e o público, para que os participantes conheçam os casos que deram certo no Brasil e no mundo. Não é um evento comercial. É uma oportunidade para que as boas práticas já implantadas possam ser acessíveis e que nossos gestores tenham o conhecimento”, reiterou Leiro.
O simpósio previsto é organizado pela regional da ADPF/DF. Serão dois dias de palestras e painéis para debater sobre as inovações tecnológicas no combate à criminalidade; gestão de fronteiras; segurança pública; crimes cibernéticos; sistema penitenciário; Smart Cities; e inovações. Além disso, os participantes terão acesso a uma feira de produtos e serviços sobre o tema.
O presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, reforçou o convite e aproveitou a presença das autoridades para falar sobre a valorização da polícia judiciária. “É impossível fazer segurança pública no país se a polícia judiciária não estiver protegida. O que se percebe no decorrer do tempo é que algumas estão muito maltratadas. Contamos com o apoio de vocês para mudar essa situação.”
Paiva também fez um apelo pela aposentadoria especial dos policiais, visto que ontem (20), foi apresentada pelo governo federal a nova proposta de reforma da previdência. “Não existe como implementar um projeto desses se não olharem para o elemento humano da polícia. Eu tive a informação de que alguns setores do governo vão fazer um memorial de reconhecimento dos policiais. Mas o reconhecimento começa e termina, onde realmente importa para o policial. A aposentadoria é a única coisa palpável que o policial tem nesse país. O resto é dificuldade no orçamento, dificuldade no trabalho e morte”, argumentou o presidente.
Nesta semana, a ADPF, em parceria com outras entidades que representam policiais, em nome da União dos Policiais do Brasil (UPB), esteve reunida com o secretário executivo da Casa Civil, Abraham Weintraub, para tratar da necessidade do tratamento previdenciário diferenciado decorrente da atividade de risco para a classe. Paiva, destacou o posicionamento da associação, além de ressaltar que o regime especial para policiais é aplicado em outros países. “No mundo inteiro, os policiais têm um regime previdenciário diferenciado, pelo risco, pela dedicação integral. No Brasil, estão querendo tornar a aposentadoria praticamente igual à do cidadão comum, e isso é inaceitável.”