Segunda parte do simpósio recebe Sérgio Moro e outros importantes nomes do Judiciário
A repressão aos crimes de corrupção e a recuperação de ativos foram temas da segunda parte dos painéis do III Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, no Rio de Janeiro. Palestraram importantes nomes do meio jurídico: Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça, juiz Marcelo Bretas e o delegado federal Ricardo Saad. O presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, foi moderador da mesa.
Sérgio Moro falou sobre a composição de suas equipes de trabalho. Na avaliação dele, a técnica e experiência dos delegados Maurício Valeixo e Erika Marena, serão os destaques da gestão.
“Estamos montando uma equipe que se destaque pela experiência, e excelência na área. Destaco o dr. Valeixo, que foi indicado como futuro diretor-geral da PF, e a dra. Erika Marena, que é, ao meu ver, a maior especialista do país em cooperação jurídica internacional do DRCI”, ressaltou Moro.
Além de garantir uma equipe técnica para o ministério, Moro ainda falou de outro comprometimento com a pasta. “Um compromisso que me foi reiterado pelo presidente eleito é o de não proteger ninguém. Esse órgão tem que ser independente.”
O presidente da ADPF, Edvandir Paiva, também expressou a preocupação da categoria em ficar à mercê do governo. “Não podemos depender das políticas da gestão da vez, não nessa área de controle do país. Se assim for, nós seremos instituições de governo e não de Estado.”
O diretor regional da ADPF do Rio de Janeiro, Erick Blatt, ressaltou a importância de eventos desse tipo. “A ADPF realiza esses simpósios para massificar o enraizamento dessa cultura contra a corrupção, e de fortalecimento das instituições públicas, para que a gente consiga, cada vez mais, desempenhar nossas atividades de uma forma produtiva para o país.”
No evento, ainda foram debatidos temas de cooperação internacional, combate ao crime organizado transnacional e iniciativas de prevenção à corrupção. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, o governador do estado, Wilson Witzel e o ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jugmann, estiveram presentes no simpósio.