Segundo policial acusado de chacina na Baixada Fluminense vai a julgamento

10 de dezembro de 2007 15:23

Hoje também seria julgado o soldado Fabiano Gonçalves Lopes, mas, a pedido da defesa, o processo foi desmembrado e uma nova data será marcada. Também respondem pelos mesmos crimes o cabo Marcos Siqueira Costa e o soldado Júlio César Amaral de Paula. Eles não têm data definida para irem a júri já que entraram com recursos que ainda não foram julgados.
Segundo o Tribunal de Justiça, na noite da que foi considerada a maior chacina já ocorrida no estado do Rio, os criminosos levaram terror a uma extensão de 15 metros entre as cidades de Nova Iguaçu e Queimados. Ainda segundo o TJ, as vítimas não tinham antecedentes criminais. Entre os mortos, estavam crianças, estudantes, comerciantes, desempregados, funcionários públicos, marceneiros, pintores e garçons.
Em maio de 2005, o Ministério Público chegou a denunciar 11 policias militares pelos crimes e o grupo acabou preso. Mas em fevereiro do ano passado a juíza Elizabeth Machado Louro aceitou parcialmente a denúncia e determinou que cinco deles fossem a júri popular e outros dois seriam julgados apenas por formação de quadrilha: o cabo Gilmar Simão, assassinado em outubro de 2006, e o cabo Ivonei de Souza, que entrou com recurso contra a decisão.
Os demais foram postos em liberdade, a pedido do Ministério Público, já que não foram encontrados indícios suficientes para incriminá-los.