Senador minimiza pedido ao STF e ataca revista
“Há mais de 15 dias que eu pedi ao procurador-geral que fizesse uma investigação. Eu abri o meu sigilo [bancário e fiscal]. Vocês não divulgaram porque não quiseram, mas eu mandei uma carta ao procurador-geral pedindo que ele abrisse uma investigação para que eu pudesse demonstrar todas as minhas verdades”, disse.
Ele distribuiu ontem à imprensa essa carta, datada de 10 de julho. Nela, diz que o Conselho de Ética estava sendo pressionado pela imprensa, que “distorce a verdade dos fatos” e levaria senadores a cometer “ilícitos procedimentais”.
No documento ele também se queixa da Polícia Federal estar fazendo perícia em documentos apresentados por ele sem autorização do STF. “Espero, com essa atitude, contribuir para a descoberta da verdade real, afastando assim as sombras que os inimigos da verdadeira Justiça tentam lançar sobre a minha conduta.”
Ontem o senador se concentrou nos ataques à revista “Veja”. “O que todo mundo quer saber é por que essa revista está me pegando como cortina de fumaça. Fica discutindo coisas menores, que não interessam à sociedade, quando deixa na obscuridade um negócio de R$ 1 bilhão que é a venda da TVA, da editora Abril, que é proprietária da revista Veja, a uma empresa internacional.”
A compra da TVA pela empresa espanhola Telefônica foi anunciada em outubro, mas só no último dia 18 a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deliberou sobre o assunto, impondo restrições a uma parte da operação e liberando o restante.
Na edição desta semana, “Veja” afirma que o senador seria o dono oculto de duas rádios em Alagoas que teriam sido pagas em dinheiro vivo. Renan também enviou carta aos senadores: “Como é notório, uma revista semanal, sem limites éticos e qualquer critério jornalístico, travestida de tribunal político, vem difundindo inverdades, tentando desonrar o mandato que me foi legitimamente outorgado pelo povo de Alagoas, e dificultar a minha permanência na direção da Casa”.