Sindicatos e movimentos preparam atos contra a reforma da Previdência Social
Sindicatos e movimentos acreditam que as mudanças vão retirar direitos dos trabalhadores. Por isso, as entidades pretendem chegar ao final do seminário de hoje com um plano de mobilizações para a organização de um plebiscito nacional sobre a reforma da previdência e de um protesto em Brasília no dia 24 de outubro.
Entre as entidades que participam do seminário no Senado estão a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS).
Na avaliação do coordenador da Conlutas, José Maria Almeida, as argumentações que o governo usa para fazer a reforma da Previdência são “falaciosas”. Entre elas a de que o sistema não tem condições de pagar os benefícios dos aposentados. Segundo Almeida, este argumento, se analisado, não se sustenta.
Se pegarmos os dados do Banco Central, do Ministério da Fazenda e reunir aquilo que é arrecadado de acordo com a lei e a constituição para financiar a seguridade social, se verá que todo ano tem sobrado cerca de R$ 56 bilhões, afirma o coordenador da Conlutas.
Com relação ao argumento de que a reforma da Previdência é necessária por conta do envelhecimento na população, Almeida diz que o crescimento de idosos no Brasil não será superior ao da população economicamente ativa.
As pessoas não tendo emprego não contribuem com a previdência, mas isso não quer dizer que são idosas. O que tem que ser feito é gerar emprego, forçar os empresários a assinar a carteira de trabalho, e recolher para a Previdência Social.