Sinopse o Globo – 16/07/08
Delegados que investigaram Daniel Dantas deixam o caso
Os três delegados que comandaram as investigações da Operação Satiagraha vão deixar o caso nesta sexta-feira. Além de Protógenes Queiroz, que comandou o inquérito, estão fora também seus dois auxiliares, Carlos Eduardo Pellegrini e Karina Souza. A saída de Protógenes foi acertada numa reunião entre ele e a direção da PF, sob a justificativa de que vai fazer um curso de especialização, uma exigência para a promoção de delegado com dez anos de profissão. Fontes ligadas à investigação, no entanto, dizem que os delegados foram afastados por pressões políticas desde que um dos grampos revelou o nome do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho. Ontem, numa reunião com o presidente Lula, o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, decidiram encaminhar proposta para coibir o abuso de autoridade e do processo penal.
Documentos em parede falsa
Policiais federais descobriram uma parede falsa na cobertura de Daniel Dantas, em Ipanema, com documentos secretos gravados em CDs e DVDs.
Polícia queria prender Eike
A PF pretendia pedir à Justiça a prisão de Eike Batista, na operação que investiga licitação no Amapá. Mas desistiu por causa do vazamento da investigação.
Senado recua e desiste de novos cargos
Diante da repercussão negativa na sociedade, a Mesa do Senado recuou ontem da decisão de criar 97 novos cargos sem concurso, com salários de quase R$ 10 mil.
Amazônia: mais um Rio de devastação
Dados do Inpe indicam níveis alarmantes de desmatamento da Amazônia. Em maio, apesar da ligeira redução do ritmo, a devastação atingiu área igual à da cidade do Rio.
“Sem liberdade de expressão, não há democracia”
O vice-presidente das Organizações Globo João Roberto Marinho defendeu ontem que sem liberdade de expressão não há democracia. Ele e o empresário Roberto Civita (Grupo Abril) pediram o fim das restrições na publicidade, no IV Congresso Brasileiro de Publicidade.
Dólar a R$ 1,58 rompe piso da máxi de 99
A entrada de investimentos estrangeiros e o interesse na oferta de ações da Vale fizeram com que o país recebesse mais dólares ontem. Com isso, a moeda fechou a R$ 1,587, o menor nível desde 19 de janeiro de 1999, quando houve a maxi-desvalorização.
Ex-secretários de Rosinha presos por desvio na Saúde
Uma investigação sobre desvio de cerca de R$ 70 milhões da Saúde no governo Rosinha Garotinho, batizada de Pecado Capital, levou ontem à prisão 12 pessoas, incluindo dois ex-secretários estaduais: Gilson Cantarino (Saúde) e Marco Antônio Lucidi (Trabalho). Segundo o Ministério Público Estadual, o esquema criminosos sacou, na boca do caixa, R$ 60,9 milhões que deveriam ir para a saúde pública; outros R$ 8,8 milhões foram gastos sem a comprovação do serviço. Rosinha e o ex-governador Anthony Garotinho, que foi secretário de Governo na gestão da mulher, foram denunciados por improbidade administrativa. A investigação começou há dois anos, após O GLOBO revelar que empresas que doaram recursos para a pré-campanha de Garotinho à Presidência tinham sócios em comum com ONGs que prestavam serviço ao governo Rosinha. Segundo o MP, a Fundação Pro-Cefet foi contratada para o projeto Saúde em Movimento e subscontratou 140 ONGs, incluindo igrejas evangélicas, que endossavam cheques de até R$ 90.900, mas ficavam com, no máximo, R$ 900. O restante ia para a quadrilha.
Documento suspeito complica Garotinho
Rosinha e Garotinho negaram irregularidades. Ele disse que alertou sobre o risco do excesso de terceirizações. Mas, segundo o MP, Garotinho enviou documento supostamente forjado para rescindir contrato com a ONG substituída pela Pro-Cefet.
PM erra e mata mais um inocente
PMs mataram mais um inocente no Rio, num tiroteio, anteontem, na Avenida Brasil, Em São Cristóvão. Luiz Carlos Soares da Costa, de 36 anos, funcionário do GLOBO, foi morto no confronto entre quatro policiais do 22º BPM (Maré) e um ladrão que o havia seqüestrado em Bonsucesso. Uma emissora de TV flagrou cenas em que a vítima é arrastada sem cuidado. O secretário de Segurança, José Beltrame, aprovou a ação: Em nenhum lugar do mundo a polícia vai receber tiros..