Subsidiária diz que não vendia equipamentos
Criada em 1984, a história da Cisco está ligada à da internet. Uma grande parte da rede mundial funciona com equipamentos da Cisco. Ela foi uma das primeiras a colocar no mercado um roteador multiprotocolo, equipamento que permite a troca de informações entre redes diferentes de computadores.
A empresa chegou ao Brasil em 1994, pelas mão de Carlos Carnevali, que também foi vice-presidente da Cisco para a América Latina. Ela tem escritórios em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. A Mude é a sua maior distribuidora no Brasil.
No ano fiscal encerrado em julho, a Cisco faturou US$ 34,9 bilhões, com lucro líquido de US$ 7,3 bilhões. A empresa tem 61.535 funcionários em todo o mundo. Ontem, as ações da empresa tiveram a segunda maior queda na bolsa eletrônica Nasdaq, para US$ 32,29.
A empresa foi criada em San Jose, nos Estados Unidos, por um casal, Len Bosack e Sandy Lerner, que trabalhava na área de computação da Universidade de Stanford. O nome da empresa é uma abreviação de San Francisco, que é uma cidade vizinha. O logo da empresa é uma versão estilizada da ponte Golden Gate.
Em março de 2000, antes do estouro da bolha da internet, a Cisco chegou a se tornar a empresa mais valiosa do mundo, com valor de mercado de mais de US$ 500 bilhões. Ontem, valia US$ 196,4 bilhões.
A empresa surgiu no mercado de redes de computadores, mas, conforme outros tipos de comunicações foram se tornando digital e adotando os padrões da internet, as oportunidades para a empresa se expandiram. Hoje, as operadoras de telecomunicações usam a tecnologia da internet para transportar chamadas e a Cisco é uma grande fornecedora do mercado de telefonia.
Ao mesmo tempo em que ataca o espaço das tradicionais fornecedoras de redes de telecomunicações, a Cisco tem se lançado ao mercado de consumo. Em 2003, adquiriu, por US$ 500 milhões, a Linksys, fabricante de equipamentos de rede local sem fio, com tecnologia Wi-Fi. Com a Linksys, a Cisco começou a ter produtos no varejo.
Em 2005, a empresa comprou a Scientific Atlanta, que fabrica conversores de TV por assinatura. A aquisição foi vista como uma forma de a empresa se preparar para o mercado crescente de televisão via internet.