Transparência Internacional quer parceria com PF
O presidente da ONG Transparência Internacional, José Carlos Ugaz, disse que deseja fazer uma parceria com a Polícia Federal (PF) para “aprender” com a experiência brasileira no combate ao crime organizado e à corrupção.
O tema foi discutido com o presidente da Associação Brasileira de Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, esta quinta-feira (30/06), em evento na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
No encontro, a Transparência Internacional apresentou um plano para instalar, no Brasil, um centro de estudos anticorrupção. A ideia, segundo Ugaz, seria aproveitar as “lições” de investigações como a Operação Lava Jato, a fim de aplicar a experiência em outros países.
Conduzido pelo diretor da Escola de Direito da FGV-RJ, Joaquim Falcão, o debate reuniu diversos especialistas sobre combate a corrupção. Em sua apresentação, Sobral traçou um histórico do trabalho da PF no Brasil, até chegar na Lava Jato.
O presidente da ADPF também colocou os delegados federais à disposição da Transparência Internacional para colaborar com o centro anticorrupção. “Temos experiência de investigar pessoas que estão no poder. É algo que vale à pena ser estudado e compartilhado”, afirmou.
Sobral conversou também sobre a criação do centro da ONG com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Em setembro, quando Ugaz planeja retornar ao Brasil, o presidente da Transparência Internacional deve se reunir com Daiello na sede da PF, em Brasília.
Ugaz chegou ao Brasil no último domingo (26/06). Na visita ao país, ele se reuniu com autoridades ligadas ao combate à corrupção, como o juiz federal Sérgio Moro, ministros do Supremo Tribunal Federal e parlamentares. Presente em 114 países, a ONG é considerada referência mundial na análise da corrupção.