Walfrido diz que não coordenou campanha de 98

18 de setembro de 2007 11:22

Segundo ele, os dados eram uma referência sobre previsões de gastos para uma futura campanha. Algumas anotações, disse o ministro, nem se confirmaram, como a referência a recursos para a campanha a senador de Hélio Garcia, que acabou nem se candidatando.
Walfrido também disse que a empresa Price Waterhouse Coopers começa hoje uma auditoria na sua empresa Samos Participações e determinou que ela abra sua contabilidade. “A Samos tem toda sua contabilidade regular. Mandei abrir todos os dados para a Receita, além de pedir uma auditoria em suas contas”, disse Mares Guia, em referência à suspeita da Receita de que a empresa tenha apresentado movimentos financeiros incompatíveis com sua renda.
Reportagem desta semana da revista “IstoÉ” implica o ministro na operação. No sábado, em nota, ele negou as acusações e disse que as receitas de suas empresas são “transparentes e oriundas de negócios absolutamente lícitos e declarados à Receita”.
Procurada pela Folha, a assessoria do governador Aécio Neves (MG) não se manifestou até o fechamento desta edição. Em outras ocasiões em que a Folha tratou da investigação da PF sobre sua campanha de 1998, o Eduardo Azeredo disse que a conclusão da investigação da era “uma boa oportunidade” para provar sua inocência.
Azeredo disse que as verbas não declaradas se resumem a R$ 8,5 milhões, tomados em empréstimos sem o seu conhecimento.