ADPF cobra posição do governo sobre reflexos da pandemia na vida dos servidores
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, teme que os efeitos da crise econômica, por conta da pandemia do coronavírus, recaiam sobre os servidores públicos do País.
“Nós, delegados da Polícia Federal, e todos os servidores públicos estamos dispostos a dar nossa cota de contribuição diante desta crise. Mas, antes, é preciso ver a situação das grandes fortunas, dos bancos, das desonerações dos maiores devedores do INSS. Esses setores precisam ser chamados a contribuir agora. Pois nunca foram”, disse Paiva, em entrevista ao site “Congresso em Foco”.
Ele lembrou que os servidores da PF já haviam sido sacrificados na reforma previdenciária, aprovada no ano passado, com nova alíquota de contribuição a ser cobrada a partir desta quarta-feira, 1º de abril. “Vamos passar a ganhar R$ 1,2 mil a menos. Entramos com nossa cota para a reforma. Não é justo demonizar os servidores”, reforçou.
A preocupação do presidente da ADPF também é com a saúde dos delegados federais, alguns diagnosticados com a Covid-19. Mesmo com as restrições de atuação em alguns segmentos do funcionalismo público, a Polícia Federal não parou as atividades e continua com atuação estratégica nas fronteiras e nos aeroportos. Desde 31 de março, a PF passou a integrar o Comitê de Monitoramento dos Impactos da pandemia, no Brasil.