ADPF questiona critérios do governo para retorno de servidores da PF cedidos aos estados
Em entrevista ao Poder 360, o presidente da ADPF Edvandir Paiva considerou que a decisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública de solicitar o retorno de servidores da Polícia Federal que estavam cedidos ao estado do Rio de Janeiro, caso tenha sido tomada sem critério técnico, denota interferência do governo federal na instituição. Paiva questiona o fato de esse expediente ter ocorrido somente no estado do Rio, sendo que há servidores de vários cargos da PF também cedidos para outras unidades da federação.
Paiva reforçou a necessidade de autonomia da PF para, justamente, não ocorrer esse tipo de ingerência no órgão, nesses termos: um gestor da União não se dar bem com algum gestor estadual e mandar devolver os servidores cedidos por causa disso.
“É uma medida generalista, pois todos esses cargos que foram cedidos passaram pelo crivo do diretor-geral da PF e do Ministério da Justiça”, explica o delegado. Segundo ele, todos aqueles que atuam no Rio são técnicos, competentes. “Temos de analisar se outros voltaram. Vamos verificar se essa análise técnica é efetiva”, diz o presidente da ADPF.
Na entrevista, ele aborda, entre outros assuntos, a possibilidade de policiais se candidatarem a cargos eletivos, os embates de poder na instituição e pontos negativos do pacote anticrime.
Assista a entrevista na íntegra