O Globo – Associação dos delegados rebate OAB sobre diálogos em inquérito que trata de agressão a Moraes
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal rebateu as alegações da OAB em relação às conversas entre um advogado e investigados no inquérito sobre supostas agressões ao ministro Alexandre de Moraes durante viagem à Itália. Em nota, a ADPF reafirma a defesa o delegado e repudia “qualquer tentativa de intimidação”.
A ADPF considerou “graves e inaceitáveis” o que chamou de “insinuações” da OAB. Diz a nota:
“Insinuações de que um delegado federal, lotado em uma relevante diretoria da Polícia Federal, teria realizado tal conduta, são graves e deveriam estar fundamentadas em indícios razoáveis. Tal imputação atinge não apenas um Delegado de Polícia Federal, mas também a credibilidade da própria Polícia Federal, o que é inaceitável”.
A associação afirmou também, sem entrar no mérito das conclusões da investigação, que o delegado federal “não expôs no relatório final as conversas entre o investigado e seu advogado”. A nota diz:
“Essas conversas sequer foram utilizadas para conclusão das investigações. Os diálogos constam em uma informação policial confeccionada por servidor encarregado de analisar os dados obtidos a partir de dispositivo apreendido, em cumprimento a determinação do próprio Supremo Tribunal Federal, no âmbito da PET 11.631.”
A nota diz também que “as prerrogativas dos delegados federais jamais podem ser ignoradas ou atacadas e que qualquer tentativa de pressionar a condução de investigações pode provocar prejuízos irreparáveis ao sistema de persecução penal e à democracia”.
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