Paiva defende ação de delegado em diligência para encontrar celular de ministro da AGU
Em entrevista ao portal de notícias da Globo, G1, o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, defendeu a ação do delegado federal que omitiu o objetivo da operação da Polícia Federal (PF) que recuperou o celular funcional do ministro da AGU André Mendonça.
O ministro perdeu o celular em transporte por aplicativo no Rio de Janeiro e pediu ajuda da PF para encontrar o aparelho, por conter informações de Estado.
De acordo com a matéria, a PF descobriu que o endereço era uma favela e pediu ajuda à PM do Rio para reaver o aparelho. A diligência conjunta resultou na recuperação do celular, mas, segundo o que a TV Globo apurou, o delegado da PF de plantão informou que o objetivo era localizar o celular de um delegado de Brasília, e não do celular do ministro da AGU. Investigadores afirmaram, reservadamente, que foi uma decisão do delegado sem qualquer orientação institucional.
“O delegado responsável pela diligência não cometeu nenhuma ilegalidade. Ele apenas adotou procedimento operacional de contrainformação para, na hipótese do aparelho não ser recuperado, evitar que informações sigilosas de Estado pudessem parar em mãos erradas”, disse Paiva ao site de notícias.
Paiva observou, ainda, que o telefone funcional do ministro da AGU possuía dados confidenciais que se acessados por terceiros “poderiam colocar em risco até mesmo a segurança nacional”.
Para a ADPF, o delegado cumpriu sua missão “dentro do mais estrito dever legal, resguardando o sigilo funcional que lhe era devido”.