Para presidente da ADPF, formação de delegado federal é credencial para ser titular do Ministério da Justiça
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix de Paiva, chamou a atenção, em entrevista ao “CB Poder”, para a expertise de todo delegado de Polícia Federal, capaz de credenciá-lo para assumir um cargo como o de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Paiva lembra que o ministro da Justiça cuida das áreas de justiça criminal, do relacionamento com o Judiciário, com o Ministério Público e, também, da segurança pública. É, no fim das contas, um profissional do direito que fala, todos os dias, com juízes, procuradores e promotores. “O delegado, no seu dia a dia, faz tudo isso. Então, ele foi preparado, a vida inteira, para fazer essa interlocução”, afirmou.
Paiva chama a atenção para o fato de ser a primeira vez que um delegado de polícia assume o comando do Ministério da Justiça – no caso, o delegado da PF Anderson Torres. “Me causa espécie de até hoje um delegado não ter tido uma experiência como essa. Espero que ela seja muito positiva e que novos colegas sejam chamados, porque eles têm a expertise necessária para comandar a pasta”, disse.
Entre outros assuntos, o presidente da ADPF também falou da troca de diretor-geral da PF, com a saída do delegado Rolando Alexandre e a entrada do delegado Paulo Maiurino. De acordo com ele, apesar do pouco tempo, Rolando deixa um legado importante na Polícia Federal.
“O atual concurso da PF que está em andamento é um mérito dele”, diz Paiva. Segundo ele, Rolando Alexandre fez uma excelente gestão, reconhecida por todos. “Durante esse período, ele se dedicou como poucos a resolver os problemas da PF. Alguns ele conseguiu, outros, não. Fica o nosso reconhecimento”, falou.
Paulo Maiurino, conta Paiva, é um delegado com mais de 20 anos de carreira e tem experiência dentro e fora da Polícia Federal. “Acreditamos que essas experiências vão possibilitar que ele tenha o traquejo necessário para a condução do órgão”, declarou.
Confira a entrevista na íntegra