PEC 186: para presidente da ADPF, categoria é usada como ‘bode expiatório’ e ‘moeda de troca’
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, afirmou ao jornal “O Estado de S. Paulo”, que a categoria é usada como “bode expiatório” e “moeda de troca” no momento em que o Brasil enfrenta uma dificuldade fiscal.
Em reunião no domingo (7) com entidades de classe, o presidente da República Jair Bolsonaro teria prometido que servidores da segurança pública não seriam incluídos nas medidas da PEC emergencial, informa o portal Poder 360.
Mas o texto apresentado para análise da Câmara, nesta terça-feira (9), e aprovado em 1º turno, é o mesmo que recebeu o aval do Senado. Ou seja, contém todos os dispositivos que as entidades de classe estavam em negociação para que fossem retirados.
“Os policiais estão extremamente irritados com a forma como estão ocorrendo as reformas”, declarou Paiva. “[Bolsonaro] Usou a bandeira dos policiais na eleição, mas nas reformas eles não estão sendo levados em conta”.
O presidente da ADPF disse que a questão não é o congelamento do salário em um período de pandemia. “É razoável que haja sacrifícios. Mas há risco grande de os salários ficarem congelados por 15 anos”, falou.