Aniversário da Xeque-Mate: operação completa 1 ano e ainda realiza prisões na Paraíba
Com o objetivo de desarticular um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, na Grande João Pessoa (Paraíba), a Operação Xeque-Mate mudou para sempre a história do estado. Em 1 ano, a Polícia Federal realizou 13 prisões preventivas decretadas; 48 mandados de busca e apreensão; 5 acordos de colaboração premiada; e 88 afastamentos de cargos públicos.
O delegado federal Fabiano Emidio, que coordenou a força-tarefa, explica como foi o início da investigação. “É uma iniciativa nossa, a partir de denúncias de corrupção do ex-prefeito de Cabedelo. Durante as ações, houve um acordo de colaboração premiada de um dos vereadores da cidade. A delação somada às investigações, possibilitou a deflagração da primeira fase da operação.”
A Xeque-Mate é uma das maiores investigações realizadas na Paraíba. Fabiano Emidio ressalta que, até hoje, nenhum dos investigados foi solto pela Justiça. “O mais impressionante é que nenhum habeas corpus foi deferido pelo STJ e ou Supremo. Então, todos continuam presos”, reitera.
O delegado também destaca as mudanças no município desde a deflagração. “Cabedelo, hoje, é outra cidade. Ruas pavimentadas, mais transparência, cuidado maior dos gestores. Isso tudo é um reconhecimento da população muito grande ao trabalho da Polícia Federal.”
Primeira fase
A primeira etapa da Xeque-Mate foi deflagrada no dia 3 de abril de 2018 e cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, 15 sequestros de imóveis e 36 de mandados busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. A Justiça também decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, incluindo o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal.
Segunda fase
Na segunda fase, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa e Cabedelo, além do sequestro de aplicações e ativos financeiros no valor de mais de R$ 3 milhões e sete pessoas denunciadas.
Terceira fase
No mais recente desdobramento, deflagrado em março deste ano, foi preso um empresário apontado como o responsável pelos pagamentos que resultaram na compra do mandato do ex-prefeito de Cabedelo.