PF deflagra três fases da Operação Acesso Negado no Nordeste
A Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (4), em Sergipe, três etapas da Operação Acesso Negado, sob coordenação do delegado federal Márcio Alberto Gomes Silva, Chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros. Foram realizados 27 mandados de busca e apreensão nos municípios de Aracaju, Poço Redondo, Frei Paulo, Macambira, Campo do Brito, em Sergipe, Salvador (BA) e Petrolina (PE). O objetivo é desarticular uma organização criminosa responsável por desvio de recursos públicos.
De acordo com as investigações, as novas fases apuram irregularidades na contratação pelos municípios de Frei Paulo, Macambira e Poço Redondo, da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), denominada Instituto Sócio Educacional Solidariedade (ISES). O delegado responsável detalha como a quadrilha agia. “É uma organização social que foi contratada de maneira irregular pelos municípios e fazia contratação direta de pessoas físicas e jurídicas para oportunizar o desvio de dinheiro público”, afirma Márcio Alberto.
Nesta etapa, participaram 76 policiais federais e também foi determinado o bloqueio de patrimônio dos investigados. O delegado Márcio Alberto Gomes aponta que novas etapas devem surgir, já que existem mais indícios de crimes. “Outros municípios contratam também a mesma organização aqui no estado. Os contratos serão analisados para saber se tem a irregularidade que aconteceu nas outras cidades”, reiterou.
A operação foi desencadeada em novembro de 2015, e a segunda fase deflagrada em fevereiro de 2019. Os envolvidos devem responder pelos crimes de participação em organização criminosa; desvio de verbas públicas; fraude em licitação; e lavagem de dinheiro.