BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse nesta quarta-feira que a Polícia Federal vai investigar com transparência a denúncia de vazamento da Receita Federal de dados sigilosos referentes a integrantes do PSDB. Mas Barreto descartou que os atos tenham uma conotação de crime eleitoral. Segundo o ministro, "fatos novos", que ele não detalhou, indicam que há outros indícios. ( Entenda o caso do suposto dossiê ) - Fatos novos mostram que a coisa pode ter outra conotação. Com outros tipos de interesses - afirmou Barreto, antes da cerimônia de recepção do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, no Palácio do Planalto. " Tenho convicção de que tanto a Receita como a Polícia Federal vão esclarecer este fato de maneira bem transparente " O ministro lembrou que o inquérito na Polícia Federal foi instaurado no mesmo momento em que vieram à tona informações sobre o vazamento de dados de Eduardo Jorge Caldas , vice-presidente nacional do PSDB. O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, afirmou na semana passada que o vazamento não foi motivado por questões eleitorais. Cartaxo disse que as investigações no órgão são conduzidas pela Corregedoria da Receita. Na ocasião, ele afirmou que havia um suposto "balcão de compra e venda de informação" no órgão. Barreto reiterou que as investigações tanto na Receita Federal quanto na Polícia Federal esclarecerão o vazamento de dados sigilosos. Ele negou que tenha sido aberta uma nova linha de apuração para investigar as informações de que Verônica Serra , filha do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, também tenha sido vítima da quebra de sigilo. - Não, não tenho informação sobre isso - disse Barreto, que reiterou que os inquéritos estão em curso. - Há uma sindicância na Receita Federal e na Polícia Federal também tem um inquérito. Tenho convicção de que tanto a Receita como a Polícia Federal vão esclarecer este fato de maneira bem transparente. Fonte: O Globo Online