Estudante brasileira é morta em Londres
17 de outubro de 2007 10:01Ela foi achada no apartamento onde morava, que não tinha sinal de arrombamento; jovem ia voltar ao Brasil
Ela foi achada no apartamento onde morava, que não tinha sinal de arrombamento; jovem ia voltar ao Brasil
Por unanimidade, o Conselho de Ética arquivou ontem representação em que o PSOL acusava o deputado Paulo Magalhães (DEM-BA) de ter atuado em favor da empreiteira Gautama. O relator, deputado Moreira Mendes (PPS-RO), considerou a suspeita leviana por falta de provas. A Gautama foi acusada pela Polícia Federal de fraudar licitações.
A Cisco do Brasil está no centro das investigações sobre o esquema de importações ilegais desbaratado pela Operação Persona, mas não é a única grande empresa em apuros por fraudes fiscais. A Receita Federal está investigando o envolvimento de mais 13 grandes empresas que também teriam recorrido a fraudes para importar mercadorias a preços mais baixos e derrubar os concorrentes internos. As investigações tiveram início há um ano, a partir da Operação Dilúvio, outra ação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Fisco.
Procurada pela Folha, a Cisco informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que "busca saber exatamente o que aconteceu [ontem] e que está cooperando com as investigações".
Operação Persona, sobre fraudes em importações, foi o primeiro grande caso sob a direção do delegado Luiz Fernando Corrêa
Em sua posse, novo diretor afirmou que, ao cumprir mandados de prisão, a PF buscaria proteger imagem das pessoas envolvidas
Operação prende 40 acusados de importação ilegal, entre eles o presidente da Cisco no país
Segundo a investigação, a empresa de informática, uma das maiores do mundo, foi beneficiada por esquema de sonegação de impostos
O esquema ilegal de importação de equipamentos para a área de tecnologia da informação descoberto pela Operação Persona da Polícia Federal, que resultou em 44 mandados de prisão, foi investigado durante dois anos por auditores fiscais e por policiais federais.
Os equipamentos vendidos pela Cisco Systems no País não passavam pela sua subsidiária brasileira. Oficialmente, a operação local cuidava da rede de distribuição, do suporte técnico e da promoção de vendas. Os equipamentos eram vendidos, segundo a empresa informava antes da operação policial, da matriz americana para distribuidores brasileiros.
As investigações que levaram à descoberta do esquema de fraudes começaram há dois anos e partiram de uma denúncia de um ex-funcionário da Cisco. Paralelamente, a inteligência da Receita já estava investigando fraudes nas empresas instaladas no Pólo de Informática de Ilhéus, na Bahia, onde o esquema se beneficiava irregularmente de incentivos fiscais concedidos pelo governo baiano. No Estado, foram presas duas pessoas.
Centenas de e-mails trocados por diretores da Mude Comércio e Serviços Ltda. foram interceptados pela Polícia Federal, além de conversas telefônicas dos suspeitos de participar do esquema milionário de fraudes e sonegação de impostos que seria mantido pela Cisco Systems. Em uma delas, um dos suspeitos sugere um meio primário de disfarçar a origem do equipamento, trocando o nome dos Estados Unidos pelo Brasil: "Vamos pintar as caixas".
A Polícia Federal deflagrou ontem, em conjunto com a Receita e o Ministério Público Federal, a Operação Persona, de combate a fraude fiscal em transações de importação de produtos de informática, uma ação na qual, pela primeira vez, segundo as autoridades, foi comprovada a participação de uma multinacional - a norte-americana Cisco Systems.
Operação com Receita e Ministério Público desarticula esquema com mais de 30 empresas e prende 40 pessoas