Brasília. Suspeito de ter integrado a coordenação de campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998 - onde teria germinado o esquema de arrecadação de dinheiro de estatais e distribuição de propinas a políticos, que ficou conhecido como mensalão mineiro - o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, jogou ontem sua última cartada para evitar a denúncia que ronda o senador tucano. Optou por bombardear o relatório produzido pelo delegado Luiz Carlos Zampronha, da Polícia Federal, desqualificar uma das principais testemunhas das acusações, o lobista Nilton Monteiro, e sugerir que o procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza, pode estar sofrendo pressões políticas externas para incluí-lo como alvo da denúncia.